sempre disse que os pequenos c médios aforradores não pagavam de uma capa para entregar de novo aos grandes exploradores do povo português aquilo que eles tinham esbulhado ao nosso povo, e, efectivamente, é isso que se esta a verificar.
Aliás, logo a seguir ao 11 de Março, além da promessa do pagamento dos 100 milhões, que afinal são 200, houve lambem a promessa do pagamento das dívidas ao estrangeiro por parte dos grandes capitalistas. Isto mostrava já um certo sentido daquilo que se iria passar.
Contudo, podemos agora constatar o sentido da política social do Governo, porque em vez de como é absolutamente premente o necessário aumentarem o parque habitacional c escolar, de incrementarem o Serviço Nacional de Saúde c todas as estruturas de saúde. o Governo diz que o desenvolvimento do nosso país ficar entregue àqueles que sempre contribuíram para o seu atraso e diz que vai promover e bem-estar do povo português como apoio aqueles que sempre trataram de o lançar na miséria, na desgraça e até na guerra.
Vozes do PSD: - Está a delirar!
O Orador: - É para isto que esta autorização legislativa serve.
Portanto, coerentemente com as suas posições, a UDP não poderá deixar de votar contra.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Octávio Teixeira.
O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Antes de passarmos à votação, gostaria de gastar mais um minuto ou dois do tempo que o meu partido dispõe, com o fim de clarificar algumas questões para que quando os Srs. Deputados da AD votarem favoravelmente esta autorização legislativa tenham plena condolência daquilo que estão a lazer, tenham plena consciência de que estão a entrar completamente no lodo em que o Governo se quer meter.
Protestos do PSD d do CDS.
Fundamentalmente, gostaria de chamar a atenção para a incapacidade e a incompetência demonstradas por este Governo e para a falsidade de toda a sua política.
Vozes do PSD e do CDS: - Não apoiado!
O Orador: - E dou rapidamente alguns exemplos extraídos da discussão desta noite: em relação à incapacidade e incompetência, vou recordar novamente as declarações do Sr. Secretário de Estado das Finanças quando se refere a que, por um lado, as indemnizações não iriam influenciar o nível de investimento do sector privado no ano de 1980 ...
O Sr. Angelo Correia (PSD): - Não disse isso!
O Orador: - ..., contrariamente àquilo que tinha sido afirmado no Plano do Governo para 1980.
Por outro lado, o Sr. Secretario de Estado das Finanças e a proposta de lei apresentada pelo Governo solicitam fundamentalmente autorização para alterar a possibilidade e a capacidade dê mobilização dos títulos e logo a seguir. o Sr Secretário do Estado das Finanças diz que isso não ou implicar alterações nas projecções macroeconómicas apresentadas no Plano de 1980 pelo Governo da AD. Isto ou é mentira ou é uma falsidade ou então e, pura e simplesmente, uma incompetência do Governo.
Vozes do PCP: - Muito bem!
e simplesmente, uma falsidade- que o Governo aqui vem trazer.
Aplausos do PCP e de alguns Deputados do PS.
O Sr. Presidente: -Tem à palavra o Sr. Deputado João Cravinho.
O Sr. João Cravinho (PS): - Sr. Presidente, é só para perguntar ao Sr. Secretário do Estado das Finanças se confirma estes números.
O Sr. Vítor Louro (PCP): - Diga não; confirma ou diga qualquer coisa!
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Secretário do Estado das Finanças.
O Sr. Secretário de Estado das Finanças: - Srs. Deputados, já tive ocasião de referir aqui estes números e também tive ocasião de referir que nuns casos: se trata de valores provisórios e noutro casos de estimativas. Creio que esta explicação é suficiente.
Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Catarino.
O Sr. Luís Catarino (MDP/CDE): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A minha intervenção é apenas uma referência a aspectos de ordem legal e de ordem técnica que me parecem na linha habitual de actuação do Governo relativamente às autorizações que já tem apresentado aqui nesta Assembleia. Continua. por, numa grande sobranceria e num ar displicente perante as regras que muito peremptoriamente e muito con-