mínio da florestarão, queria também tranquilizar os Srs. Deputados interpelamos, porque os planos de florestação terão de ser submetidos à aprovação dos serviços oficiais e terão de ser de acordo com as potencialidades dos solos, de maneira a conservá-las e não a degradá-las.

Os eucaliptos irão para onde se justificar técnica e economicamente o eucalipto e os pinheiros ou outras resinosas irão para onde se justificarem, sempre defendendo o património fundamental que é o solo.

Devo dizer que mesmo neste momento se está a querer implementar uma celulose onde se utiliza prática e exclusivamente resinosas e não eucaliptos. Não está no espírito do Governo fomentar indiscriminada e irracionalmente essas espécies e essas plantações que irão destruir o património. Por consequência, o que pedimos é um pouco de confiança e de tranquilidade.

Fiquei muito admirado por o Sr. Deputado Vítor Louro se insurgir contra o facto de a Portucel ir apanhar um quinhão importante deste empréstimo, quando se trata de uma empresa pública e não de uma empresa privada. De qualquer modo, queria também tranquilizá-lo dizendo que os empreendedores privados também terão a sua quota porque nós não poderemos jamais, através, dos serviços oficiais e de uma empresa pública, florestar essas quantidades de hectares e muitos mais que precisamos.

Julgo que não tenho tempo de responder a tudo, mas gostaria de acrescentar, relativamente ao Sr. Deputado António Campos que está muito admirado por estarmos agora a pensar em fomento de pastagens e forragens -, que a primeira coisa que tive de fazer quando cheguei à minha Secretaria de Estado foi desbloquear o famoso Plano de Crédito Agrícola do Alentejo que, agora sim, já dispõe de equipas a sério que vão começar a trabalhar, e, finalmente, o Banco Mundial acreditou no Governo Português e concedeu os empréstimos para o Plano de Crédito Agrícola do Alentejo se desenvolver, pois já se arrastava há três anos.

Aplausos do PSD, do CDS. do PPM e dos Deputados reformadores.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Vítor Louro.

O Sr. Vítor Louro (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sr. Secretário de Estado do Fomento Agrário: V. Ex.ª acaba de confirmar plenamente todas as acusações que estavam implícitas nas questões que aqui levantei na minha intervenção.

O Sr. Macedo Pereira (CDS): - Não é verdade!

O Orador: - É natural que não tenha percebido, Sr. Deputado, mas talvez mais logo, mais para a tarde, perceba!

Vozes do CDS: - Percebemos, percebemos.

a Portucel ser uma empresa pública e não uma empresa privada!

Risos do PSD e do CDS.

Obrigado, Sr. Secretário de Estado, mas nós já sabíamos, tínhamos consciência disso, e denunciamos que a acção do Governo ia exactamente no sentido de impor ao Banco Mundial, repito, impor ao Banco Mundial, que estes créditos fossem concedidos também às empresas privadas apesar de o Banco Mundial afirmar que não está no âmbito dos seus costumes fazer semelhante coisa!

Bom, Sr. Secretário de Estado, só me resta concluir que este Governo é um Governo rastejante perante os interesses dos capiltalistas, mais, papistas que papa e que conseguiu vergar o Banco Mundial!

Aplausos do PCP.

Protestos do PSD e do CDS.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Má imitação do Vital Moreira!

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Por que é que você não fala?

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Só com o seu Governo é que isso aconteceu?!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado.