do Regimento, a iniciativa dos inquéritos compete aos grupos parlamentares, a Mesa entende que V. Ex.ª falou não como requerente mas como representante do seu grupo parlamentar, esgotou com isso a possibilidade de intervenção do seu partido neste debate, e, a seguir, porque não está presente., segundo creio, ninguém do Governo, poderá usar da palavra um membro qualquer dos outros partidos pelo tempo regimental

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Correcto, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Pediram a palavra para solicitar esclarecimentos os Srs. Deputados Luís Coimbra e Gomes de Pinho.

Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Coimbra, dispondo de três minutos para o efeito.

em que elementos afectos ao PCP a dominaram. Nós não esquecemos esses tempos...

Aplausos do PPM, do PSD e do CDS

...e não opomos as administrações AD, como o Sr Deputado lhes chama, às administrações gonçalvistas, porque não há qualquer espécie de comparação entre elas.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Estamos de acordo!

O Orador - O que se passou o ano passado, se é que houve manipulação - e, quanto a nós, pensamos que eventualmente poderá ter existido -, é uma imagem pálida de anos passados.

Outro assunto que gostaríamos que ficasse bem claro é que o PPM regeita liminarmente a insinuação do Sr. Deputado, que já não e de agora e que o &eu partido tem feito ao longo do tempo, que é dividir os profissionais da comunicação social estatizada entre bons e maus: os bons são os afectos ao seu partido ou aqueles que militam na sua área e os maus são todos aqueles que são simpatizantes da AD.

Rejeitamos esse conceito, porque não reconhecemos ao PCP nenhuma idoneidade para falar sobre liberdade e isenção da comunicação social.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM

Vozes do PSD: - Antes pelo contrário!

Aplausos do PSD. do CDS e do PPM

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Luís Coimbra, V. Ex.ª, sob a invocação de um pedido de esclarecimento, fez o que se pode entender como um protesto. Poderia até entender-se como intervenção, mas como a Mesa lhe limitou o tempo a três minutos, considera-a como um protesto, visto que V. Ex.ª acabou por não pedir esclarecimento nenhum. Portanto, é nesse sentido que se interpreta e valoriza a sua intervenção.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, pedi um esclarecimento, e gostaria que o Sr. Deputado Jorge Lemos me confirmasse se foi ou não por iniciativa da AD e do PPM que a deliberação do Conselho de informação para a RDP foi tomada.

O Sr. Presidente: - Sendo assim, retomamos a figura do esclarecimento. Tem a palavra o Sr. Deputado Gomes de Pinho.

O Sr. Gomes de Pinho (CDS): - Sr. Presidente, inscrevi-me para uma intervenção, e não para esclarecimentos

O Sr. Presidente: - Então o Sr. Deputado reserva a sua intervenção para depois da resposta do Sr. Deputado Jorge Lemos.

Para responder, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Lemos, dispondo de três minutos

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Concretamente, o Sr. Deputado do PPM só me fez uma pergunta: se é ou não verdade que foi o PPM que propôs o inquérito e a moção no Conselho de informação para a RDP.

É um facto, mas não se compreende que, tendo o PPM reconhecido no Conselho de Informação que há manipulação, tendo o Sr. Deputado Luís Coimbra agora mesmo acabado de reconhecer que este Governo procede a uma política de arbitrariedade e ilegalidade na comunicação social, conclua dizendo que não vale a pena investigar o que este fez, o que é necessário é investigar o que fizeram todos.

O Sr Luis Coimbra (PPM): - Não foi isso que eu disse!

O Orador - O que está em causa neste momento é a prática de arbitariedades do Governo da AD. É