facto, durante o dia 21 de Novembro, aquilo a que se assistiu foi o que o Sr. Deputado Amândio de Azevedo de facto referiu.

Referiu as culpas e assumiu as mesmas pelo seu grupo parlamentar.

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Grupo Parlamentar do PSD!

tratava-se de promover o Sr. Genera Soares -Carneiro a Presidente da República - tinha que ser à força, na televisão portuguesa não se poderia falar de mais nada.

A Assembleia da República cobrir-se-ia, enfim, de ridículo, porque naquela altura o que era importante era impor a figura do general de S. Nicolau ao povo português.

Vozes do CDS: - Outra vez?

O Orador: - São estas as razões políticas que estão por trás de tudo o que se passou.

Não somos nós a imputar culpas apenas à Radiotelevisão Portuguesa. Estamos de acordo com o ,Sr.Deputado Amândio de Azevedo. De facto, houve culpas também das presidências dos grupos parlamentares da AD em todo este processo. Houve uma acção deliberada, aliás confessada pelo Sr. Deputado Amândio de Azevedo...

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Está a dourar!

O Orador: - ... quando disse que faziam as gravações quando muito bem entendessem ...

Aliás, os Srs. Deputados entenderam fazer as gravações às 10 horas da noite porque sabiam que a essa hora impossibilitavam qualquer transmissão pela televisão. Assim, estas questões não podem ser escamoteadas.

Refiro ainda uma outra nota...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, V. Ex.ª esgotou o tempo de que dispunha. Queira abreviar as suas conclusões, por favor.

O Orador: - Sr. Presidente, peço desculpa, mas penso que V. Ex.ª está enganado, uma vez que se trata da primeira intervenção do meu grupo parlamentar neste debate.

Como tal, parece-me que eu deveria dispor de quinze minutos e não de dez minutos.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Agradeço-lhe é que continue, Sr. Deputado, enquanto a mesa consulta aqui o Regimento, porque senão não são mais cinco minutos, serão mais oito ou dez minutos. É mais prático assim.

ouvir da boca do Sr. Deputado Amândio de Azevedo que o PSD iria votar contra a constituição da referida comissão. Só depois de ouvir isso é que tomei a palavra e só a tomei nessa altura porque ainda acreditava que os Srs. Deputados da AD quisessem ao menos saber o que é que se tinha passado naquela célebre semana parlamentar. Mas, pelos vistos, os vossos ouvidos estão completamente fechados às razões invocadas por aqueles que se vos opõem.

Da nossa parte, Sr. Presidente e Srs. Deputados, fica o registo deste debate, fica o registo das intervenções dos Deputados da oposição e fica o registo que da bancada da AD, que até é maioritária, apenas uma voz se levantou para contrariar aquilo que foi dito pelo Deputado da oposição. Essa seria uma razão suficiente para que o Sr. Deputado Amândio de Azevedo, ao invocar as atitudes responsáveis de Deputados que considerou irresponsáveis, pensasse também nas suas responsabilidades.

Aplausos do PCP de alguns deputados do PS, da UEDS e do MDP/CDE.

O Sr. Presidente: - De facto era realmente de quinze minutos o tempo previsto no Regimento para a sua intervenção.

Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Uma curta intervenção do PPM, porque pensamos que já se falou de mais e consideramos que este assunto está já largamente debatido.

Pela nossa parte e por uma questão de princípio, julgamos que este assunto é perfeitamente menor em