Invoquei essa praxe parlamentar, que tem sido sempre aceite nesta Assembleia e que não pode ser recusado, na medida em que na intervenção do Sr. Deputado Amândio de Azevedo foi claramente referida a minha intenção - para usar esse direito de protesto na sessão de amanhã.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Esperteza regimental!

O Sr. Presidente: - A Mesa toma nota do seu pedido, Sr. Deputado «sirva-se o direito de o apreciar. Mas visto que o pedido de «uso da palavra ó apenas paca amanhã, mais daqui a pouco, para não perdermos tempo, trataremos desse problema, se V. Ex.ª não se importa.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Coro certeza. Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Mário Tomé.

pensão ficarão sem o direito ao subsídio de tecto.

É para este aspecto que chamo a atenção desta Assembleia, pois trata-se de uma situação que possivelmente não é particular mas sim generalizada -inclusivamente houve, já órgãos de comunicação social que trouxeram o problema a público.

A UDP, sem fazer outras considerações, porque está em jogo a situação de muitas pessoas com dificuldades de inserção na sociedade, apoia claramente a sua reivindicação a nana. casa, a um tecto, e protesta veementemente contra o facto, se o mesmo se consumar, de essas pessoas serem postas fora da pensão em que hoje habitam.

O Sr. Presidente: - Também para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Foi aqui referida a crise energética que neste momento atravessamos e que não vem de agora, mas de há algum tempo atrás.

Ventilou aqui, pela voz do Sr. Deputado Sousa Marques, do PCP, a situação preocupante de não chover, em Portugal mas o modo como este Sr. Deputado equacionou as coisas transmitiu-me a impressão de que se o PCP fosse poder em Portugal iríamos com certeza meter água. Só não sei é se a água seria ou não turva, pois que em matéria de política energética o PCP ainda não nos explicou qual é a sua. É que em 1975 tinha uma e em 1976, tal como em 1977 e 1978, nada disse.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - A ignorância tem limites.

O Orador: - Perante os erros crassos que a EDP cometeu o PCP nada disse. Portanto, se o PCP fosse Governo não só meteria água em matéria de política energética como, na ausência dessa política, o pouco que diz a esse respeito é de águas turvas.

Sr. Deputado Sousa Marques, com tanta água, não sei como é que seria possível que o Sol brilhasse para nós se VV. Ex.ªs fossem donos do País, é que me parece haver aqui várias contradições ...

O Sr. Sousa Marques (PCP): - A ignorância e a presunção têm limites!

O Orador: - O Sr. Deputado acusa o governo da AD mas não é capaz de falar uma única vez na EDP. O Sr. Deputado sabe tão bem como eu que em 1976 houve um período de seca. Porém a grande responsável não foi a falta de água, que se não se tivesse verificado poderia ter minimizado a crise energética; foi, sim, o facto de os grupos da central do Carregado estarem avariados.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Não seja provocador!

O Orador: - O Sr. Deputado sabe perfeitamente que não são da responsabilidade da AD ou do seu governo os atrasos na construção da central térmica de Setúbal mas sim da EDP. O Sr. Deputado sabe isso tão bem como eu, mas escamoteou factos e realidades concretos.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Mas o que é que é que o Governo faz?