A Sra. Zita Seabra (PCP): - Sr. Presidente, eu tinha pedido a palavra no fim da intervenção do Sr. Deputado Adriano Rodrigues para manifestar a minha perplexidade pela sua intervenção e, no fundo, para lhe perguntar em que é que ficamos: se no paraíso educativo do Sr. Ministro da Educação e Ciência, que, em maioria de educação, já resolveu todos os problemas deste país, se no caderno reivindicativo do CDS.

Como já outros deputados da oposição lhe fizeram essa mesma pergunta, aguardo com a minha perplexidade a sua resposta.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Mário Tomé.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Não é para mostrar a minha perplexidade que peço a palavra.

Vozes do PSD: - Oh!

O Orador: - Efectivamente, a questão do ensino, ouvindo o Sr. Deputado Adriano Rodrigues, dava a impressão que era uma questão de gestão, de competência, de as pessoas, em devido tempo, não terem feito determinado número de coisas, etc.

Ora o que se passa - e eu considero que o Sr. Deputado sabe isso melhor do que eu...

O Sr. João Cantinho de Andrade (CDS): - Isso é verdade!

e a própria sociedade que os senhores defendem e pretendem perpetuar lhes criam, mantêm-se nos grandes locais de direcção. E tudo isso está ligado ao ensino técnico, ao ensino politécnico, ao ensino superior curto, à selecção que é feita com o 12.º ano, enfim, a todo o processamento da educação.

Por isso é que eu não mostro a minha perplexidade porque tudo o que está a ser feito - aliás de uma forma clara e não só agora imas desde o 25 de Novembro ..

Vozes do CDS: - Ah!

O Orador: - ... - é efectivamente neste caminho.

Quando o Sr. Deputado há bocado disse que tinha sido pena, a seguir ao 25 de Abril, não termos partido do zero, queria dizer-lhe o seguinte: houve neste país muitos alunos e professores que pretenderam liquidar, de uma vez para sempre a herança fascista...

O Sr. João Cantinho de Andrade (CDS): - E não só!

não hão-de cair na esparrela de admitirem, como o Sr. Deputado tentou aqui demonstrar, que o ensino era um problema apenas de competência e de administração.

O Sr. João Cantinho de Andrade (CDS): - Falou e não disse nada!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, há ainda várias intervenções e chegámos à hora regimental do termo dos nossos trabalhos...

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Sr. Presidente, é para dizer que, dentro do nosso plano, a sessão terá de ser prolongada até às 21 horas. A não ser assim, não conseguiremos terminar amanhã a sessão. Foi isso que foi acordado na conferência dos presidentes dos grupos parlamentares, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, como V. Exa. sabe, essa conferência foi realizada sob a presidência do Sr. Deputado Nuno Rodrigues dos Santos. Nessa altura eu encontrava-me aqui, no Plenário, a presidir à sessão sobre o Orçamento e o Plano.

Se não há nenhumas objecção e se todos os Srs. Deputados confirmam que assim é então continuaremos a sessão até às 21 horas.

Pausa.

O Sr. Mário Damião (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.