de mais para eles, devido ainda à falta de pessoal, de apoio. As associações de estudantes, consultadas a este respeito, argumentam ser precária a assistência que recebem dos serviços sociais.

Requer-se em suma uma esclarecida acção ,administrativa a vários níveis, devidamente enquadrada na lei é no Orçamento Geral do Estado. Compete ao MEC tomar às medidas necessárias nesse, sentido isto é, iniciar e coordenar tal acção presente situação não, deve persistir. É mais um exemplo do nó cego a que as correntes políticas que integram o Governo submetem o Pais.

Sr. Presidente, Sr. Deputados, Sr. Membros do Governo: O MDP/CDE entende que cabe ao estado promover incentivar, subsidiar facilitar coordenar e orientar as acções que visem a criação ou a melhoria de cursos de formação profissional. Cabe também ao Estado ampliar e aperfeiçoar progressivamente os sistemas de informação sobre as necessidades do mercado de trabalho e a prevista evolução deste e ainda ampliar e aperfe içoar os sistemas de orientação profissional e vocacional.

No quadro perguntamos:

As formações profissionais deverão ser de espectro largo ou de espectro estreito?

Formações profissionais de espectro largo significam que se aceita poder ser comum a formação destinada a varias profissões e que será no exercício da profissão que a formação especifica é adquirida. Pode pensar-se que isto é aceitável sobretudo no grau elementar?

Outra questão quais as formações que conferem competência para ser professor das escolas de formação profissional? Parece-nos que a resposta deverá considerar a externa diversidade da situações mas muito apreciaríamos ouvir a opinião do Governo sobre o assunto.

Finalmente, porque o tempo é curto e não porque faltem questões importantes, pergunto:

Refere-se na Portaria n.º 420/80 que a via profissionalizante do 12.º ano constitui habilitação suficiente para acesso ao ensino superior politécnico. Pode o Sr. Ministro informar-nos quais os alunos poderão optar a partir de Setembro de 1981 e onde funcionam?

Aplausos do MDP/CDE e do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Amadeu dos Santos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr. Deputada Helena Cidade Moura.

A Sr. Helena Cidade Moura (MDP/CDE): - Sr. Presidente é apenas para dizer que nós pedimos desculpa por não responder mas não temos tempo para dar respostas.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem palavra o Sr. Deputado Cantinho de Andrade.

O Sr. Cantinho de Andrade (CDS) - Sr. Presidente, Srs. Deputado, Sr. Ministro. Que me seja permitido aproveitar esta interpelação ao Governo para tratar um assunto que julgo ser do máximo interesse e que procura chamar a atenção de todos para a classe de educadores que mais esquecida tem sido: a do professor do ensino primário.

È vulgar alcunhar estes professores de «Primários» o que não sendo apenas uma forma de simplificar uma expressão revela falta de consideração pelos mais esforços e divulgados agentes de educação.

Nos tempos do salarzarismo que bem conheci por experiência pessoal e familiar - sou de uma família onde abundam professores de ensino primário -, eram estes docentes tidos por pessoas dotadas de um espirito de sacrifício relevante por um chamado «espirito de missão».

E assim era e de tal forma que os governos de então pouco se preocuparam com o seu nível de vida sendo vulgar referir quando se queria apontar um exemplo de «pelintrice», dizer que este ou aquele vivia á «mestre escola».

De tal forma que se chegou quase a institucionalizar a ideia peregrina de que caberia ás populações sustentar - com as suas esmolas? - os mestres ou as mestras.