a pensar por um padrão único, porque podemos ter opiniões diferentes dentro do partido.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Tem V. Exa. palavra Sr. Ministro.

O Sr. Ministro da Educação e Ciência: - Eu gostava de esclarecer que não disse -e seria mesmo o último a dizê-lo, pois a interpelação provaria o contrário - que não tenho nada a ver com o Ministério da Educação porque sou mesmo acusado com certa frequência, de ter a ver de mais com o Ministério da Educação:

O que eu expliquei ao seu colega de bancada foi, factualmente, como foram estabelecidos os numerus clausus nestes últimos anos e quais foram, efectivamente, as condições de atendimento das instituições universitárias, que foram o critério predominante para a instituição do numerus clausus, critério esse que eu segui também quando tive se os fixar, no ano passado.

Foi um problema de realismo e não qualquer outra situação, porque, efectivamente, as instituições universitárias não comportam neste momento um maior número de elementos do que aquele que estava previsto.

Quanto ao problema dos numerus clausus nas faculdades de medicina, foi por decisão do ministério que se consideraram os numerus causus que foram fixados.

Mas queria ainda esclarecer um ponto, Sr. Professor, que vem um pouco a talhe de foice.

Está a pôr-se aqui o problema de haver professores na universidade sem doutoramento. Eu queria esclarecer a minha posição, pois, embora eu tenha sido professor de carreira, e muito me honro disso considero essa situação normal. Assim, queria dizer-lhe que desde sempre no sistema universitário português - e bem, se for correctamente feito - houve elementos que não fizeram doutoramento e que tiveram acesso aos mais altos graus de hierarquia universitária.

Devo dizer que toda a universidade técnica nasceu nessa situação por que era uma universidade que se estava a instalar e não se podia sé não se criasse uma situação de «pescadinha de rabo na boca», proceder de outra maneira para a instalar.

A legislação universitária de, todos os tempos previu o acesso, por escolha, de elementos sem o doutoramento a mais

O Sr. Bragança Tender (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem V. Exa. palavra.

O Sr. Bragança Tender (PS): - Sr. Ministro, a resposta de V. Exa. demonstra aquilo que eu tenho dito repetidamente na minha faculdade e noutros sítios, que V. Exa., é uma pessoa, cheia de qualidades intelectuais, que V. Exa. tem uma ginástica mental extraordinariamente, hábil e pronta e, portanto, V. Exa. resolveu não responder, à minha pergunta.

Aliás, Sr. Ministro, ambos sabemos, que o preenchimento dos lugares de professores na Escola de Medicina Dentária, foi precedida do uma greve que obrigou à nomeação desses professores.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Barrilaro Ruas para uma intervenção.

diálogo e devo dizer não só em nome do meu partido como