recebe há um sistema científico e técnico capaz de dialogar ao mesmo nível?

Quando é que o governo AD que entrou já na fase das realizações segundo nos informou o Sr. Primeiro-Ministro no outro d;»a no Algarve -, tenciona lutar por Portugal investindo, por exemplo, na educação, no ensino e na investigação.

Ou será que ao trabalhador português fica reservado definitivamente na CEE, e na sua própria terra, o carregar baldes de cimento e o abrir caboucos?

O Governo tem provado desconhecer em absoluto o conteúdo e implicações da expressão «igualdade de oportunidades» pois, no contexto das acções em que a utiliza, ela não é mais do que uma. afronta a grande parte das crianças portuguesas.

Porquê se empenha o Governo, teimosamente, no alargamento da escolaridade secundada e mesmo no da obrigatória, relegando para não se sabe quando o lançamento da educação pré-escolar oficial, a efectivação dos seis anos de escolaridade obrigatória, a formação profissional e a diversificação do ensino terciário?

O Sr. Ministro terá a consciência de que elevai para nove anos a obrigatoriedade escolar é, neste país, reduzir as possibilidades de mercado de trabalho especializado aos poucos centros urbanos onde essa escolaridade vai ser efectivada? Que é marginalizar grande parte da população portuguesa que hoje não consegue nem cumprir o sexto ano de escolaridade obrigatória, porque não tem escolas, porque não tem transportes, porque não tem bolsas?

Será que o Governo ignora que deveria começar exactamente pelo estabelecimento planificado e correcto de uma rede gera} de escolas, de transportes, de bolsas, que permitissem a efectivação real, concreta, dos seis anos de escolaridade obrigatória? Rede onde os alunos tivessem, acompanhamento médico-pedagógico, onde lhes fossem oferecidos refeitórios, transportes, escolas de um único tipo -isto é, só com um turno e apenas com a via directa -, onde existisse um mínimo de condições para que a igualdade de oportunidades fosse aproximada.

Quando pensa o Governo ter efectivados os seis anos de escolaridade obrigatória, qual o prazo, qual o ano, qual o mês, qual o dia?

Quando estarão concluídas as instalações para o ensino primário, se neste momento faltam 14000 salas de aula? Será que, passando a responsabilidade da criação das instalações para as câmaras municipais