Com efeito, meteu o PCP no assunto, que estava caladinho, pois não era chamado para esta questão.

Mas, o que é que o Sr. Deputado disse? Disse apenas aquilo que o Sr. Deputado gostava que fosse. O Sr. Deputado disse que o PCP já não mobiliza os trabalhadores, que não os manipula, tal como disse. Simplesmente, as ofensas ficam para si.

Mas, ainda há dois ou três dias, em 25 de Abril, no próprio distrito de Setúbal e também em todo o País, se viu como é que o PCP mobiliza os trabalhadores e como é que estes estão com o PCP. Aliás, dentro de mais dois ou três dias o Sr. Deputado poderá tomar um «banho» de trabalhadores na rua.

Portanto, Sr. Deputado, vá tomar um «banho» e venha então de novo a esta Assembleia falar sobre a identificação do PCP com os trabalhadores.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Cantinho de Andrade.

O Sr. Caminho de Andrade (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Para o cidadão comum quando se fala de turismo no Algarve é apenas referir os muitos atractivos, praias, hotéis, casinos, aldeamentos turísticos, restaurantes e boîtes. O Algarve é para muitos este composto de coisas. Mas para o algarvio, para o natural da região e nela residente, o turismo algarvio tem de ser muito mais e especialmente tem de ser um investimento e um plano que contemple seriamente todos aqueles que, residindo na região, são as primeiras, as maiores vítimas de uma alteração profunda na vida regional, processada nestas últimas décadas, e uma ausência de planificação que gerou um desequilíbrio regional já por muitos falado aqui nesta Câmara.

Hoje quereria falar-vos de desenvolvimento turístico, mas tendo em atenção uma terra e um concelho que têm sido especialmente esquecidos, mas que em si contêm inexploradas riquezas e capacidades.

Trata-se do concelho de Olhão.

Enquadra-se ele numa zona de óptimas perspectivas turísticas, desde que se considerem as suas grandes potencialidades e as enquadrem num bem planeado desenvolvimento.

Tem este concelho uma área total de 12751 ha. que abrange sectores das três regiões naturais algarvias: o litoral, o barrocal e a serra.

Será da conjugação destas três zonas naturais que um bom e eficiente aproveitamento turístico poderá tirar partido, tomando em conta uma extensa costa, povoada de ilhas que, ligadas entre si ou à «terra firme» por pontes que estabeleçam ligação rápida e fácil e por sua vez através de vias de comunicações próprias com o interior do Algarve, estabeleçam circuitos rápidos e interessantes contemplando os acessos e o conhecimento das referidas três zonas naturais.

Na área do concelho de Olhão há duas serras: Cerro de S. Miguel e Cerro da Cabeça, que são das mais importantes da província no que respeita a belezas naturais e riqueza ecológica e donde se desfruta uma vista panorâmica excepcion arqueológicos, como as ruínas de Milreu e o Palácio em Estói, as torres de vigia de Marim e Bias do Sul - para as quais se requer uma urgente restauração- como monumentos de interesse pelo seu passado histórico e que numa linha mais alargada se poderão ligar à antiga cidade romana de Balsa situada na Torre de Aires - Luz de Tavira.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Caminho de Andrade, peço desculpa, mas tenho de o interromper para dar uma informação à Câmara.

Srs. Deputados, tomou agora assento na tribuna à esquerda da Mesa a Comissão Parlamentar de Defesa da República Federal da Alemanha, chefiada pelo Sr. Dr. Werner Marx.

Aplausos de pé, do PSD, do PS, do CDS, do PCP, do PPM, da ASDI, da UEDS e do MDP/CDE.

O Sr. Presidente: - Queira continuar, Sr. Deputado.

zona de litoral.

Esse plano deveria basear-se num completo estudo arquitectónico e planificação paisagística, de modo a preservar a sua magnífica arborização espontânea, que se deve integrar no contexto da zona. Há igual-