mais ricos para melhor poderem contribuir para a saúde do povo: Com certeza que não é isto que o Governo e a AD pensa!

A competitividade efectiva não é entre o serviço privado e o serviço estatal de saúde. Essa competitividade não existe efectivamente, pois embora o Governo esteja sempre a dar a entender que não gosta nada do Estado, porque ele é uma coisa má, a AD tudo faz para tomar conta do Estado na sua totalidade, para o utilizar ao serviço do sector privado, dos capitalistas e dos senhores da Ordem dos Médicos.

Essa competitividade existe efectivamente na disputa entre os barões da medicina para ver qual deles é que mais arrecada com este sistema da convenção e com os «serviços» que se diz prestarem à saúde e ao povo português.

Por outro lado, o Sr. Ministro e o Sr. Secretário de Estado não se referiram ao papel da medicina preventiva, que actualmente, é importante em todo o mundo evoluído, fundamentalmente naqueles países em que os trabalhadores têm efectiva decisão do poder e que, em nossa opinião, tem um papel fundamental e um papel determinante na saúde dos trabalhadores, na saúde do povo.

É a partir do nível e do grau de desenvolvimento da medicina preventiva que efectivamente se pode garantir, de uma forma generalizada, a saúde e só depois aparecerão os outros estádios da medicina até à curativa. Portanto, eu queria perguntar qual é o papel efectivo que a AD e o seu governo atribuem à medicina preventiva e como é que a perspectivam.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado António Calhordas, também para um pedido de esclarecimento.

O Sr. António Calhordas (MDP/CDE): - Gostaria de, muito rapidamente, pedir quatro esclarecimenmentos ao Sr. Secretário de Estado, que, na sua intervenção, colocou aqui questões concretas, ao contrário da vacuidade e inconsistência de que se revestiu a intervenção do Sr. Ministro.

São os seguintes pedidos de esclarecimento que queria fazer: Estamos, todos de acordo que a saúde é muito cara e pergunto ao Sr. Secretário de Estado se, para a tornar mais barato, se deve dar maior prioridade aos cuidados diferenciados do que aos cuidados primários? Era este o primeiro ponto.

Segundo ponto: podem os clínicos gerais e generalistas a trabalhar nos centros de saúde entrar também