O Orador: -... e eu deixei o serviço no meu hospital para vir trabalhar nesta Casa.

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Não parecer!

O Orador: - Lembrava-lhe, no entanto, que o dossier da navegabilidade do rio Douro ainda nem sequer foi entregue à CEE...

Risos do PCP.

... e portanto as coisas não estão assam tão avançadas. Acho também que já é tempo de as populações do interior beneficiarem de tantas promessas que lhes têm sido feitas e que nunca foram cumpridas, mas, repito mais uma vez, nós estamos aqui para tratar de problemas bem mais sérios do que esse.

Aplausos da UEDS, do PS, do PCP e do MDP/CDE.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Então porque é que brinca?

O Sr. Pedro Roseta (PSD): - Mais outro que faz o mal e a caramunha!

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado Veiga de Oliveira pede a palavra para que efeito?

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Para interpelar à Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem V. Ex.ª a palavra.

O Sr. Amândio de Azevedo (PSD): - Ignorante é o senhor!

O Orador: - Mas, Sr. Presidente, o que eu gostaria de saber é a que título o Sr. Deputado Amândio de Azevedo fez agora este longo protesto a respeito da navegação no rio Douro, quando estamos a discutir os problemas da medicina e da saúde em Portugal.

palavra, em homenagem ao bom funcionamento da Câmara.

Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado José Ernesto, de Oliveira.

O Sr. José Ernesto de Oliveira (PCP): - Gostava realmente de pedir alguns esclarecimentos ao Sr. Secretário de Estado da Saúde, que falou há pouco.

São perguntas muito directas aquelas que vou fazer, a exemplo das que há pouco fizemos ao Sr. Ministro e que até agora não foram respondidas.

Assim, gostaríamos que, juntamente com as respostas a estas perguntas que vou formular, fossem dadas as respostas que exigimos para todas as perguntas que já fizemos.

O Sr. Secretário de Estado começou por falar, mais uma vez, em termos de custos de saúde. E essa é a nova ideia que a AD está a pretender vender a todo o custo: é que a saúde é algo demasiadamente caro para o povo português. Demonstrámos já aqui que isso é falso e estamos prontos a tornar a fazê-lo, e o que se passa é que efectivamente os dinheiros gastos com a saúde são dinheiros mal gastos e mal orientados, precisamente porque visam cumprir objectivos que já aqui foram denunciados.

De qualquer forma, o Sr. Secretário de Estado justificou a restrição de verbas que é necessário fazer na saúde com o preço de uma seringa, de uma compressa, enfim, com o preço de umas luvas, etc.

No plano de investimento e desenvolvimento da administração central relativo à Secretaria de Estado da Saúde para o ano de 1981 - que tenho aqui -, V. Ex.ª reserva uma verba de 300 contos para o plano nacional de prevenção da cárie dentária, ao mesmo tempo que destina uma verba de 800 contos para a remodelação do gabinete, instalações e equipamento, 800 contos para alcatifas do Sr. Engenheiro Caetano, contra 300 contos para um programa nacional de prevenção da cárie dentária!

O Sr. José Niza (PS): - Essa é boa!

O Orador: - Também vou pôr ao Sr. Secretário de Estado a seguinte questão: referiu V. Ex.ª a priori-