Em relação aos métodos extremamene simples e muito úteis, focados pelo Sr. Deputado da UEDS, é evidente que estamos perfeitamente de acordo em que na área dos cuidados primários, uma atitude simples é, normalmente, extremamente produtiva. Para não ir-mos mais longe, lembremo-nos de qualquer campanha de vacinação e do que provoca e do que causa uma medicina preventiva. Isto não significa de modo nenhum que passemos a usar simplesmente estes métodos; e não desejemos para os hospitais portugueses a tumografia axial computorizada.
Em relação aos concursos para os hospitais distritais, tenho a dizer que os médicos não tomaram posse. Os médicos fizeram a opção e actualmente já estão para publicação os primeiros resultados finais desses concursos. No, entanto, tenho a dizer que, pela metodologia usada dos concursos que foram feitos a nível nacional, há, pelo menos, três que estão impugnados e as suas classificações não podem sair.
O Sr. José Ernesto de Oliveira (PCP): - Essa é boa!
O Orador: - É, sim, senhor!
Risos do PCP.
Em relação ao tipo de carreiras e ao tipo de ligação que há entre o Ministério da Educação e Cultura e o Ministério dos Assuntos Sociais, é de notar que o decreta que está em estudo é um diploma que pretende articular, nos hospitais que prestam ensino, a carreira docente e a carreira assistência! Quando se refere aquela lista de prioridades que o Sr. Deputado apresentou, é preciso dizer que a carreira se vai basear, exclusivamente, na carreira assistêncial e que só poderá doutorar-se um especialista, só poderá ser professor um chefe de clínica.
A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Não é verdade!
O Orador: - Finalmente, em relação a uma carreira de generalista muito estranha de uns PS que ouviram dizer não sei o quê do Tribunal de Contas, devo dizer que isso é pura loucura e não sei do que se trata.
O Sr. José Ernesto de Oliveira (PCP): - Nem palmas houve!
A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - Sr. Presidente, peço a palavra para fazer um curto protesto.
O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, V. Ex.ª usará da palavra para a finalidade que entender. Na certeza, porém de que, qualquer que seja o sentido do seu uso de palavra, o tempo será descontado, como sabe.
A Sr.ª Zita Seabra (PCP): - É só para lamentar profundamente que, tendo o nosso grupo parlamentar apresentado uma série de questões muito concretas e claras, o Sr. Secretário de Estado nos tenha respondido nada,...
O Sr. Pedro Roseta (PSD): - É falso!
A Oradora: - ..., não tenha respondido a uma única das perguntas, que muito concretamente lhe colocámos.
Vozes do PSD: - É falso!
O Sr. Manuel Moreira (PSD): - Os eternos insatisfeitos!
A Oradora: - Desafiámos o Sr. Secretário de Estado a dar-nos as contas de quanto é que os Serviços Médico-Sociais pagaram às convenções, segundo as novas tabelas, em Janeiro e Fevereiro, aos radiologistas, aos analistas e a outras convenções e o Sr. Secretário de Estado respondeu-nos quanto é que custa uma radiografia e uma análise. Isso já nós sabíamos, Sr. Secretário de Estado!
O Sr. José Ernesto de Oliveira (PCP): - Muito bem!
Cuidados primários? Mas Portugal não é, por opção política, um país do Terceiro Mundo!
Risos do Sr. Deputado José Ernesto de Oliveira.
Sr. Secretário de Estado, quem é que, na verdade, representa a política da AD? É o Sr. Secretário de Estado ou é o Sr. Ministro?
O Sr. José Ernesto de Oliveira (PCP): - Muito bem!
O Sr. Ministro dos Assuntos Sociais: - Sr. Presidente, peço a palavra para dar um breve esclarecimento.
O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Ministro.
O Sr. Ministro dos Assuntos Sociais: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A oposição entrou agora numa tónica diferente. Pretende ver um diferendo entre mim e o Sr. Secretário de Estado.
Vozes do PCP: - E não é verdade?!
O Orador: - É pena não perceberem o que se diz.
O Sr. Carlos Brito (PCP): - A culpa não é nossa!
O Orador - Quando se insiste, em demasia, nos cuidados primários, como se eles fossem os únicos cuidados de saúde sobre os quais temos que nos debruçar e promover um determinado número de