Voz«s do PS: - Mudou tudo, agora.

O Orador: V. Ex.ª não sabem - ou saberão?... -, mas as informações que me chegam são de que os mercados paralelos que em 1975 e 1974 existiam na rua, tal era a «confiança» dos agentes económicos portugueses, desapareceram, mantendo-se, neste momento, a fiscalização do Banco de Portugal, mantendo-se todas as legislações em vigor. Mas, felizmente, o movimento nesta altura é de reingresso de capitais e de não saída de capitais.

O Sr. Magalhães Mota (ASDI): - Quer dizer que o seu argumento não é válido?

O Orador: - É matéria de facto e, portanto, é sempre válido, Sr. Deputado.

Ângelo Correia - então não sei o que é violação.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Igualdade de tratamento é a vossa especialidade.

O Orador: - Não, Sr. Deputado. É um princípio internacional a que só não aderem determinados partidos.

Vozes do PSD: - Não sabem!

O Orador: - É evidente que há um outro sistema, que é o sistema que alguns Srs. Deputados defendem e para o qual apelam para o Conselho da Revolução, isto é, para manterem isto fechado. É o sistema de nacionalizar tudo, de fechar a economia, de nacionalizar mesmo os bancos e as companhias de seguros estrangeiras que cá estão, de acabar com eles e assim garantir a igualdade de tratamento. Ninguém entra, ninguém funciona.

Não foi esse o sistema que foi votado nas eleições, não é esse o projecto de sociedade da Aliança Democrática, que constitui a maioria nesta Assembleia.

A Sr.ª Deputada Ilda Figueiredo falou na posição dos trabalhadores bancários. Efectivamente, algumas células e grupos de trabalhadores bancários têm-se pronunciado em sentido absolutamente igual à posição do Partido Comunista.

A Sr.ª Ilda Figueiredo (PCP): - Não são células! São comissões de trabalhadores.

O Orador: - Mas eu mantenho inteiramente o sentimento maioritário de frustração, de dificuldade na sua carreira, de falta de estimulo, de falta de prémio ao mérito e à competência que lavra neste momento no sector financeiro, quer na banca quer nos seguros.

Nem eu nem a Sr.ª Deputada Ilda Figueiredo temos mandato para falar em nome dos trabalhadores bancários.

A Sr.ª Ilda Figueiredo (PCP): - O Sr. Ministro é que começou.

O Orador: - Apenas constato um facto, que é o de que, efectivamente, a generalidade dos trabalhadores bancários competentes não teme a competição e sabe perfeitamente que não é com a abertura dos sectores que vão ser postos em causa, antes, pelo contrário, vão ser melhor garantidos, os seus postos de trabalho.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Os congressos de sindicatos já são células.