Quanto ao enxovalho que o Sr. Presidente da República teria sofrido no Congresso das Comunidades, penso que na realidade se verificou o contrário: <> Sr. Presidente é que enxovalhou es emigrantes no Congresso das Comunidades ao recusar-se a estar com eles.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

Em relação à social-democracia na Suécia e na Noruega, devo acentuar que elogiei um modelo e não soluções políticas conjunturais. A realidade da Suécia e da Noruega naquele momento era com certeza diferente do que é a actual realidade portuguesa. E as alianças têm de ser estabelecidas de acordo com a realidade e não de acordo com qualquer mitomania ou qualquer dogmatismo.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Também para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Salgado Zenha.

Aliás, intervenções muito mais agressivas, muito mais hostis e muito mais contundentes foram produzidas pelo Partido Social-Democrata quando o PS foi governo, sem que a sua actuação fosse por nós considerada como algo de insólito.

O governo da Aliança Democrática sabe que ganhou as eleições, o que não significa que as ganhe sempre, a não ser que consiga remodelar de modo antidemocrático a actual Lei Eleitoral, o que espero não consiga.

Por outro lado, penso que o diálogo entre a oposição e o Governo se deve processar em termos normais, isto é, considerando a Aliança Democrática como normais as críticas que lhe são dirigidas.

Hostil, sim, foi a atitude tomada em relação ao Presidente da República no Congresso das Comunidades. Mais do que uma atitude hostil, foi uma atitude de desrespeito perante um órgão de soberania eleito democraticamente.

O Sr. César Oliveira (UEDS): - Muito bem!

mas, com certeza, em consequência da sua incompatibilidade para com os legítimos interesses do povo; português.

Aplausos do PS e da UEDS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Moura Guedes, para responder, se assim entender.

O Sr. Moura Guedes (PSD): - Quero agradecer, muito reconhecidamente, a amabilidade das saudações que o líder do Partido Socialista se dignou dirigir-me e pretendo ainda responder muito sucintamente, com o meu estilo, aos reparos que fez.

Em primeiro togar, penso que não fui nada agressivo no comentário que fiz relativamente à intervenção do Partido Socialista, na medida em que, pelo contrário, louvei não só a elegância mas também o comedimento dessa intervenção. Fiz apenas a psicanálise da atitude política que eu creio que estaria por detrás dessa intervenção, o que me parece ser também legítimo numa interpretação da mesma.

No entanto, quero dizer-lhe que concordo com a sua interpretação e fico até muito satisfeito e tranquilizado com o seu esclarecimento. Pois eu sei que esse é um acto normal de oposição democrática, mas fico muito satisfeito por o Sr. Deputado Salgado Zenha adiantar que, mais do que isso, o PS, ao contrário do que eu supunha, não abriu hostilidades contra o Governo. Eu estava a interpretar mal a intervenção produzida pelo Sr. Deputado Almeida Santos e fico muito mais tranquilo depois do seu esclarecimento.

Vozes do PSD e do PPM: - Muito bem!

O Orador: - Quanto à minha solicitude relativamente às dificuldades internas do PS, acredite que é sincera, Sr. Deputado Salgado Zenha. E acredite que é sincera porque sou democrata. Em democracia tem que haver uma alternativa democrática de governo e cheguei a recear digo o muito sinceramente que essa alternativa democrática pudesse desaparecer. Estou bastante mais tranquilo e espero que esta minha tranquilidade se reforce e que essa