Jc ïazer esta reserva, dada a sua expressão, Sr. Presidente.

É que V. Ex.ª disse, a certa altura, o seguinte: «Recebemos dos Serviços de Relações Públicas a informação de que tínhamos de terminar a sessão às 17 horas e 50 minutos.»

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Carlos Lage, eu queria dizer «devíamos» e não «tínhamos». Ê que o pessoal dos Serviços de Relações Públicas tem coisas a arrumar e não o pode fazer com o Plenário a funcionar.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, se me dá licença, faço um apelo para que se cumpra o nosso plano de trabalhos. Estamos a seguir a ordem do dia prevista, estamos a tempo de cumprir o plano de trabalhos; não há, pois, motivo para que tal não aconteça.

Penso que seria uma boa prova da operacionalidade da Assembleia.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Silva Marques, compreendo o seu desejo. Simplesmente, na medida em que é exigida a leitura do relatório e que o mesmo não se encontra na Sala, e como há uma sugestão para que a votação final global fique para o primeiro ponto da ordem de trabalhos de amanhã, creio que é razoável deixarmos a votação para amanhã e não valerá a pena envolvermo-nos numa discussão processual.

Tem a palavra o Sr. Deputado Manuel dos Santos.

O Sr. Manuel dos Santos (PS): - Prescindo, Sr. Presidente.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente, para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, antes de lhe dar a palavra, gostaria de dizer que o Sr. Presidente da Assembleia da República acaba de comunicar que o Sr. Presidente da República Helénica chega às 18 horas e 15 minutos e pede aos Srs. Deputados que não abandonem a Sala.

Faça favor, Sr. Deputado Rui Pena.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente, tanto quanto me apercebi, o Sr. Deputado Manuel dos Santos declarou que prescindia da leitura do relatório. Sendo assim ...

O Sr. Presidente: - Não, Sr. Deputado. O Sr. Deputado Manuel dos Santos prescindiu do uso da palavra, e não da leitura do relatório. Foi isso que entendi. Sr. Deputado.

O Orador: - De qualquer modo, entendíamos que, na sequência da posição assumida pela bancada social-democrata, deveria ser votada a ratificação e que, por consequência, até porque temos mais tempo devido ao atraso do Sr. Presidente da República Helénica ...

O Sr. Presidente: - Pelo contrário, Sr. Deputado. Temos menos tempo. O Sr. Presidente da República Helénica, que era para chegar às 18 horas e 20 minutos, chega às 18 horas e 15 minutos.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Então não tenho mais nada a dizer.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, dada a informação que V. Ex.ª acaba de nos dar, creio que podemos cumprir o plano de trabalhos.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Sr. Presidente, penso que os Srs. Deputados, para receberem o Sr. Presidente da República Helénica, ainda terão, com certeza, de pôr a gravata, alguns vestirem o casaco e comporem-se devidamente e por isso, não temos muito tempo.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está então suspensa a sessão até à chegada do Sr. Presidente da República Helénica, para lhe prestarmos a nossa saudação.

Anuncio desde já que a próxima sessão será amanhã, às 10 horas, com a agenda já conhecida. Está suspensa a sessão.

Eram 17 horas e 50 minutos.

Às 18 horas e 30 minutos entrou na Sala das Sessões o cortejo em que se integravam o Sr. Previdente da República Helénica (Constantino Caramanlis), o Sr. Presidente da Assembleia da República, o Sr. Primeiro-Ministro, o Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, os Secretários da Mesa, os membros da comitiva do Sr. Presidente da República Helénica, o Sr. Secretário-Geral da Assembleia da República e o chefe e os secretários do Protocolo.

No hemiciclo encontravam-se os conselheiros da Revolução, os Ministros, o Provedor de Justiça, o Procurador-Geral da República, o Presidente do Supremo Tribunal Administrativo, o Vice-Presidente do Tribunal de Contas, os Presidentes dos Tribunais