Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Este modelo não permite a cobertura médica e sanitária de todo o País, e por isso nem sequer existe liberdade de escolha do médico, porque, para isso, é preciso que pelo menos haja dois médicos - já La Palice o podia ter dito.

O Sr. Carlos Lage (PS): - Muito bem!

Vozes do PCP:- É o fazes!

O Sr. Silva Graça (PCP): - O Sr. Ministro não gosta da Constituição!

Vozes do PS: - Muito bem!

encontram aqui presentes, e o Sr. Deputado vem dizer que é a ala marxista do partido. O Sr. Deputado não sabe que o Serviço Nacional de Saúde, que é a defesa da Constituição, do regime democrático e do 25 de Abril, é um ponto de honra do Partido Socialista? Será que, quando o Partido Socialista invoca esses valores essenciais, de que nunca abdicará, é um partido marxista? O Sr. Deputado não vê que está a cometer uma tremenda injustiça e que até está a trazer argumentos em defesa do próprio Partido Comunista?

Já tenho dito várias vezes que não sou marxista, mas sim de inspiração marxista e de formação cristã. Nunca enjeitei os meus valores e por eles continuo a bater-me. Portanto, sou Socialista mas o meu socialismo é um socialismo libertador, de rosto humano, é um. socialismo em que a liberdade, a igualdade e a fraternidade não são palavras vãs, porventura uma utopia, mas o que hoje é sonho será realidade amanhã, porque entre o sonho e a realidade a distância é a vont ade. Ora, se nós tivermos vontade política e se acreditarmos nestes valores, certamente que haveremos de dar um empurrão no sentido do socialismo.

Aplausos do PS da ASDI e da UEDS.

Sr. Deputado Jaime Ramos a CGTP poderia ser para si considerada suspeita, mas lembro-lhe que há lá muitos socialistas e homens sem partido. Contudo, a própria UGT apoia o Serviço Nacional de Saúde previsto na Constituição. Então também terá uns ressaibos de comunismo, ou será que defender os valores do homem e da libertação do homem é ser comunista?

Aliás, não ponho em causa - e isto que fique aqui bem claro, pois já o disse aqui há pouco noutra intervenção, quando se discutiam os cuidados primários - a legitimidade do governo da AD para governar e até para revogar esta lei e fazer outras. 15so não está em causa, mas não venham os senhores falar apenas de legitimidade do voto, porque, afinal de contas, em