sua intervenção e quero repetir que do nosso lado há todo o apoio à iniciativa da FRS, o que não significa que nós não continuemos com a nossa própria iniciativa, mas apoiamos a ^iniciativa da FRS.

Em todo o caso, continuamos a reivindicar para nós o direito de respondermos ao Governo, para o que fomos desafiados.

E aproveito para dizer que o Governo nos desatou a apresentar uma moção de censura, quando é sabido que o Governo da AD, no ano passado, não consentiu que uma moção de censura apresentada pelo Grupo Parlamentar do PCP em tempo oportuno fosse discutida.

Relativamente ao Sr. Deputado que acabou de chegar, o Sr. Deputado Sousa Tavares, quero, dizer que como o Sr. Deputado não tem cá estado as suas palavras têm o merecimento que têm, são palavras de um homem que passa por aqui e que diz umas bocas.

Aplausos do PCP.

O Sr. José Vitorino (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. José Vitorino (PSD): - Para protestar e interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então faça primeiro a interpelação à Mesa, Sr. Deputado.

Entretanto, reassume a Presidência o Sr. Presidente Leonardo Ribeiro de Almeida.

este triste espectáculo da calúnia e da demência mental.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, é evidente que a Mesa acaba de ser interpelada pelo Sr. Deputado José Vitorino, em circunstâncias que são peculiares, qual é a de se ter acabado de dar a substituição do Sr. Vice-Presidente José Vitoriano, que vinha exercendo a Presidência enquanto eu me encontrava na reunião dos grupos parlamentares.

Peço e espero de VV. Ex.ªs que este debate/que todos VV. Ex.ªs têm também considerado como; de extrema importância, sem prejuízo da firmeza que cada um de VV. Ex.ªs deve e pode ter na sustentação dos seus pontos de vista, seja conduzido com a serenidade, a calma e a cordura de processos e, designadamente, de linguagem, que se tornam verdadeiramente indispensáveis paras a serena ponderarão de um diploma a que VV. Ex.ªs atribuem essa mesma importância.

Não podia, neste momento, o Sr. Deputado José Vitorino ir mais longe na interpelação que fez à Mesa.

O Sr. Deputado estava também inscrito para um protesto?

O Sr. José Vitorino (PSD): - Prescindo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - O Sr Deputado Octávio Teixeira deseja usar da palavra para que efeito?

Vozes do PSD: - Para um insulto.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Sr. Presidente, antes de mais gostaria de informar que não admito que os Srs. Deputados da AD digam que eu vou fazer um insulto.

O Sr Presidente: - Desculpe, Sr. Deputado, mas, antes de mais, V. Ex.ª responderá à minha pergunta. A maneira como V. Ex.ª começou a falar tomou, desde logo, o ar de um protesto. Em todo o caso, a Mesa fez-lhe uma pergunta, e tê-lo com toda a deferência, no sentido de o Sr. Deputado a informar qual o objecto para que pedia a palavra. O Sr. Deputado terá a bondade de me informar, serenamente, qual o fim para que pede a palavra, que com certeza lhe será dada a seguir.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Com certeza, Sr. Presidente. Não foi contra o Sr. Presidente que eu levantei a minha voz. Respondo-lhe directamente que pedi a palavra para um protesto em relação às declarações e afirmações do Sr. Deputado Luis Coimbra.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, tem V. Ex.ª palavra. Dispõe do tempo regimental de cinco minutos.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Antes disso, é para que o Sr. Presidente fique bem esclarecido sobre o começo da minha intervenção, digo-lhe que não admito que qualquer Sr. Deputado, a qualquer bancada que seja, nomeadamente da AD, responda por mim a uma interpelação do Sr. Presidente dizendo que o meu pedido de palavra era para proferir insultos.

Vozes do PSD: - É o costume!

O Orador: - O protesto que gostaria de fazer é sobre o pedido que o Sr. Deputado Luís Coimbra fez para que o Partido Comunista apresentasse números para comprovar a falsidade ou a corrupção que está a envolver todo este processo.