todos os interessados na elaboração do projecto que nos foi apresentado e eu queria saber, concretamente, quais as organizações da lavoura e quais as associações de moagem que foram consultadas para a elaboração deste decreto.

Referiu ainda que as empresas que vierem a intervir no mercado de comercialização de cereais terão de construir as suas próprias infra-estruturas, nomeadamente as portuárias. Sr. Deputado, perante a afirmação do Sr. Ministro de Estado proferida esta manhã relativa ao silo em construção na Trafaria e dos 6 milhões que se gastarão nesse silo, eu gostaria de pôr a seguinte questão: o CDS está contra a posição assumida esta manhã pelo Sr. Ministro de Estado em relação a esse caso concreto da utilização dos silos, nomeadamente dos silos portuários?

A determinada altura o Sr. Deputado referiu que se previa que no primeiro ano apenas 3,5 % dos cereais fossem comercializados fora do circuito normal - portanto, fora do circuito que neste momento pertence

O Sr. Presidente: - Tem a palavra p Sr. Deputado Soares Cruz para responder aos pedidos de esclarecimento. Dispõe de seis minutos.

O Sr. Soares Cruz (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Pelas razões que aqui invoquei antes de iniciar a leitura da minha intervenção, as minhas respostas não devem satisfazer convenientemente até porque não tive oportunidade de estudar os dossiers como gostaria para poder satisfazer dúvidas. No entanto, posso responder a algumas das questões que me foram postas.

Em relação à pergunta que o Sr. Deputado Octávio Teixeira me fez relativamente às organizações de lavoura que foram consultadas direi que é evidente que foram consultadas as organizações de lavoura conhecidas, as associações de agricultores etc.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - Quais? Há muitas!

O Sr. Presidente: - Sr. Ministro Cardoso e Cunha, segundo a ordem de inscrições segue-se V. Ex.ª no uso da palavra. Pedia-lhe que informasse a Mesa sobre o tempo que V. Ex.ª necessita para fazer a sua intervenção.

O Sr. Ministro da Agricultura e Pescas (Cardoso e Cunha): - Sr. Presidente, penso que meia hora será suficiente.

O Sr. Presidente: - Então tenho de colocar o problema à Câmara porque V. Ex.ª não tem materialmente tempo para produzir a sua intervenção hoje visto que estamos a doze minutos do encerramento da sessão.

Srs. Deputados, há alguma objecção a que se encerrem agora os nossos trabalhos, continuando o debate amanhã às 10 horas com a intervenção do primeiro orador inscrito? Ou então, em vez de falar imediatamente o Sr. Ministro, poderá falar o orador que está inscrito a seguir a fim de aproveitarmos o tempo que ainda nos resta.

O Sr. Moura Guedes (PSD): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade.

O Sr. Moura Guedes (PSD): - Sr. Presidente, se o Sr. Ministro usasse agora da palavra far-se-ia apenas um pequeníssimo prolongamento pelo que eu sugeria que lhe fosse dada a palavra e que suspendêssemos os trabalhos em seguida para os reatarmos amanhã às 10 horas. No fundo, isso traduzia-se apenas num prolongamento de dez ou quinze minutos.

O Sr. Presidente: - Só vejo um problema no que o Sr. Deputado propõe: o Sr. Ministro anunciou que a sua intervenção levaria cerca de meia hora mas, regimentalmente, uma intervenção não pode ter mais de quinze minutos.

O Sr. Magalhães Mota (ASDI): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Magalhães Mota (ASDI): - Sr. Presidente, não vemos qualquer inconveniente em que o Governo use numa só intervenção o tempo total a que teria direito, ou seja, que some numa única intervenção o tempo a que teria direito para as duas, dado que pode usar da palavra duas vezes.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Rui Pena (CDS): - Sr. Presidente, era só para afirmar que me parecia de toda a conveniência ouvir ainda hoje o Sr. Ministro da Agricultura e Pescas e, portanto, queria fazer minhas as considerações do Sr. Deputado Magalhães Mota nesse sentido.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Deputado.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Sr. Presidente, estamos postos perante mais uma situação complicada porque, de facto, as intervenções não devem ultrapas-