portuguesa, e evidentemente que o governo da Aliança Democrática - não só, por certo, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros- espera recuperar esse atraso... Mas, neste momento, a Alemanha é uma grande potência, sem ser uma superpotência, e Portugal perdeu honradamente esta batalha, mas já tem ganho outras e não temos nada que nos envergonhar.

Quanto ao Sr. Deputado da UDP, em primeiro lugar, queria agradecer-lhe o tom cordato que utilizou, caso quase único até agora, e fico-lhe muito grato.

Risos do PSD. do CDS e do PPM.

E, com a mesma cordialidade direi a V. Ex. o seguinte: estamos efectivamente a negociar em relação a Timor Leste, e, se eu tivesse querido dizer com quem, não seria necessária a pergunta do Sr. Deputado Mário Tomé.

Salientei que há questões que são reservadas e que não cabem aqui, por se tratar de uma sessão pública. No entanto, o assunto foi referido, no cumprimento do estatuto da oposição, a representantes da UDP - o Sr. Deputado não estava presente - e aí tivemos ocasião de ter uma troca de informações mais alargada. Assim, eu pediria a V. Ex.ª que consultasse as bases.

Sr.a Deputada Alda Nogueira, lamento imenso não ouvir a sua intervenção, mas, como está a ver, eu não saio antes do intervalo, Tenho, efectivamente, um compromisso, mas, como sabemos, as políticas não são dos homens e há nas bancadas do Governo pessoas perfeitamente prontas para responderem à intervenção de fundo que V. Ex. fará.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Peço a palavra, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra, Sr. Deputado.

Risos do PSD. do CDS e do PPM.

Mas, enfim, já que V. Ex.ª fez essa afirmação, devo dizer que ela é injuriosa e não sou um dos seus antigos subordinados nem estou aqui para responder a injúrias.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

A Sr. Ilda Figueiredo (PCP):-Está aqui para fazer palhaçadas!

O Sr. Sousa Marques (PCP): -.Peço a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - A intervenção da minha camarada Alda Nogueira refere-se a questões de política externa e dura aproximadamente sete a oito minutos.

Assim, nós interpelávamos a Mesa -e através da Mesa interpelávamos todos os deputados desta Assembleia- no sentido de ainda antes do intervalo e aproveitando aqui a presença do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros se admitir a possibilidade de a minha camarada Alda Nogueira poder fazer agora a sua intervenção.

Muito obrigado, Sr. Presidente, pela sua atenção.

A Sr. Zita Seabra (PCP): - Uma intervenção a sério. Não é uma palhaçada!

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros: - Dá-me licença, Sr. Presidente?

O Sr. Presidente: - Tenha a bondade, Sr. Ministro.

O Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros:-Sr. Presidente, sou um novato nestas coisas, mas sei que caber a V. Ex. a condução dos trabalhos. No entanto, dada a brevidade do tempo que foi anunciado que a Sr. Deputada necessitaria para conduzir a sua intervenção, terei o maior gosto em ouvir e, se possível, responder às observações feitas, se for esse o entendimento de V. Ex.

O Sr. Presidente: - Fica esclarecido que a V. Ex. é materialmente possível continuar, na Sala e, portanto, pergunto aos grupos parlamentares, que tinham estabelecido um consenso no sentido de se interromper os trabalhos, as 20 horas e 30 minutos, se estão de acordo em que essa intervenção seja feita de imediato para que o Sr. Ministro possa responder, sendo o intervalo logo em seguida.

Pausa.

Não há qualquer objecção e a Mesa não vê qualquer problema... embora, se é possível uma nota de humor, possa dizer a W. Ex. que, depois de tantas horas debaixo de tão poderosos projectores, dentro de pouco tempo confessaremos tudo!...

Tem a palavra a Sr. Deputada Alda Nogueira.

A Sr. Alda Nogueira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Membros do Governo, Srs.

Deputados: O Programa reconhecer a existencial do agravamento da