são menos conhecidos.

Só que o Governo pensa que não podemos continuar como foi necessário em 1977, 1978 e 1979 - basicamente preocupados por a política de gestão meramente da procura global. É indispensável, por porque não vamos sair destes entraves muito rapidamente que se crie um esquema para que progresso dedique mais atenção aos problemas do desenvolvimento económico, sem o que esta política do stop and go, do aquece e arrefece a economia, que pode permitir uma boa gestão da balança de pagamentos, não permite resolver os problemas de fundo do povo português.

15to não é evidentemente um problema para estes três anos. Penso que qualquer dos observadores desapaixonados estará de acordo que este é um problema para este governo e para os seguintes, talvez mesmo durante um decénio mais.

Não pode um pais que tem níveis de desenvolvimento relativamente mais atrasados do que outros continuar apenas preocupado com a gestão da procura. Tem de saber canalizar recursos apara o investimento. A solução só pode vir de um caminho de

desenvolvimento. Se quisermos corresponder às aspirações do povo português, temos de canalizar mais recursos para o investimento produtivo. A variável estratégica não poderá ser a da procura, ainda que esta tenha de ser respeitada. A variável estratégica terá de ser o alargamento da capacidade de oferta.

Nesta matéria, a nossa preocupação fundamental será com o investimento e as prioridades que Governo fixou e que o Sr. Primeiro-Ministro expôs detalhadamente aquando do programa do Governo - a agricultura, a habitação e a regionalização -, traduzem o elenco que devemos sublinhar dentro da política do investimento.

Só que a política de desenvolvimento e a política de investimentos têm de ser conscientemente bem sucedidas. Não se farão os ajustamentos nesta matéria de desenvolvimento económico, como todos sabemos, no curto prazo, mas a médio e longo prazo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

e, a criação de relações estáveis com os novos países de língua portuguesa não poderá ter lugar se não assentar num desenvolvimento que permita relações económicas estáveis. Não é à base de recursos naturais - que não temos- nem à base da dimensão do nosso mercado - que não existe- que essas relações poderão subsistir duradouramente. Será à base unicamente da capacidade técnica e da capacidade de troca de produtos industriais.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Para relançar o investimento é preciso, antes de mais, que exista um quadro claro. Não haverá um investimento continuado em Portugal se não tivermos um quadro de regras que seja claro. Precisamos de um quadro, que assegure a solidariedade nacional nas tarefas de construção de riqueza e da sua distribuição.

Todos sabemos que em épocas de crise - como as de 74/75 e dos anos seguintes -- não é possível dar tanta atenção aos problemas de longo prazo.

Intervencionismos avulsos e sucessivos foram indispensáveis para conservar a economia em funcionamento. Mas se queremos olhar para o futuro em termos de responder aos problemas nacionais e do povo Português, claras temos que equacioná-los em termos de regras claras e que sejam incentivadoras da criação de riqueza e da sua distribuição equitativa. 15to significa que precisamos de princípios que sejam aceites por consenso no que respeita a incentivar os comportamentos dos agentes económicos que são favoráveis à colectividade. 15to aplica-se por igual a trabalhadores e a empresários, aos que trabalham por conta de outrem e aos que trabalham isolados ou como patrões.

Como já aqui foi dito hoje de manhã, em tudo há comportamentos bons e maus. É necessário que a sociedade encoraje os que são bons e desencoraje os que são maus.

Do que se trata é de criar incentivos que recompensem a aplicação, a iniciativa, o empenho dos trabalhadores e que recompensem também a iniciativa,

a inovação, a acumulação de capital por parte dos que têm essa responsabilidade.