tou a repetir algumas das afirmações que tem vendo a fazer nesta Casa desde há longo tempo.

É evidente que faz as acusações, mas as provas ainda não foram presentes e assim eu iria fazer-lhe a seguinte pergunta: V. Ex.ª aceita que o inquérito a que se refere seja festo desde 1975 a esta parte?

O Sr. Sousa Marques (PCP): - É evidente! Até pode ser desde 1970!

O Orador: - E pergunto isto apenas por uma razão: é que, como V. Ex.ª sabe, nada mais nada menos do que 64,5 % do crédito agrícola de emergência foi concedido a unidades colectoras de produção e para o resto do País foi apenas concedido 35,5 %.

O Sr. Rogério de Brito (PCP): - Essas percentagens são inventadas!

O Orador: - Eu queria saber onde está este dinheiro.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, se me permite, eu gostaria de fazer um comentário muito breve não levará mais de, trinta segundos à intervenção do Sr. Deputado Mário Lopes.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Era apenas para dizer ao Sr. Deputado Mário Lopes que o Sr. Deputado António Campos não tem que permitir ou deixar de permitir esse inquérito. Assim, o que sugiro é que, se o Sr. Deputado Mário Lopes entende quer há que fazer um inquérito desde 1975 até hoje, o peça a esta Assembleia. Pode, ter a certeza que conta com o meu apoio.

Aplausos do PS, da UEDS e da ASDI.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Não pede, não pede!

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Ministro da Agricultura, Comércio e Pescas.

0 Sr. Ministro da Agricultura, Comércio e Pescas (Basílio Horta): - Antes de mais, queria agradecer à Assembleia a generosidade que teve em prolongar um pouco esta sessão para ouvir os breves esclarecimentos que tenho a dar. A minha ausência depois de jantar deve-se ao facto de eu ter algumas reuniões no Ministério uma vez que o debate me tem ocupado aqui desde há três dias a esta parte.

Começaria por dizer, para identificar muito claramente a minha posição, que desde o dia da minha posse até ao último dia em que estiver no Ministério respondo pelos meus actos, respondo por todos os despachos e decisões que tomar. Em relação a outros titulares do Ministério; recuso-me a entrar no jogo de

VV. Ex.as, Srs. Deputados da oposição.

Há tribunais em Portugal, há a Polícia Judiciária, provem as acusações, condenem os eventuais responsáveis e só depois há moral para fazerem aqui as afirmações que fizeram.

Vozes do PSD, do CDS e do PPM: - Muito bem!

Vozes do PSD, de CDS e do PPM: - Muito bem! Ex.as que tudo seria resolvido ou mesmo que uma parte importante dos grandes problemas que afectam a lavoura seriam resolvidos. O que vos prometo é que os problemas são equacionados com esta perspectiva, mas a sua resolução não competirá a este governo nem aos seguintes nem eventualmente aos governos da nossa geração. É um trabalho de pertinácia, é um trabalho de mentalização, enfim, é um trabalho de eminente respeito pelo agricultor, pelo homem que trabalha a terra, pelos seus valores e, nomeadamente, por um futuro e um progresso que não pode ser alcançado de supetão, sob pena de nada conseguirmos.