de Loures ou em relação ao país, devo dizer que em relação a Loures o resultado das eleições indica claramente que o povo de Loures estava satisfeito com a gestão da APU.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Muito bem!

O Orador: - O resultado das eleições é a mais plena demonstração disso.

Por que é que os senhores não sujeitam a vossa própria política ao eleitorado do País?

Aplausos do PCP.

Por que não o fazem, quando todas as eleições, designadamente as de Loures, demonstraram que a maioria do povo português está contra a política e contra o governo da AD?

Sr. Deputado, repare que Loures não é um comcelho qualquer. É o 3.º concelho do País, são cerca de 300 000 habitantes, e o resultado das eleições de ontem - como, aliás, tive oportunidade de salientar - mostra que não se trata apenas de uma vitória do Partido Comunista Português nem de uma vitória da APU e de todas as forças, homens e mulheres, que a integram e que a apoiam. Trata-se, na verdade, de uma vit

estão do executivo de Loures - não me refiro e costumo analisar estas situações caso a caso - durante os anos de 1979-1981 foi uma gestão que pôs inúmeras vezes em causa as liberdades do povo de Loures.

Vozes do PCP: - É falso!

O Orador: - Por isso, resolvemos contribuir para o derrube do executivo da Câmara de Loures e fá-lo-emos de cada vez que estejam em causa as mesmas liberdades e interesses do povo de Loures.

O Sr. Sousa Marques (PCP): - Façam-no outra vez para termos a maioria absoluta.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Octávio Pato para responder, e depois ficará encerrado este incidente.

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Já devia ter sido encerrado!

O Sr. Octávio Pato (PCP): - Sr. Deputado Eduardo Pereira, referi-me à política do Sr. Engenheiro Riço Calado. Como ele não está aqui, não vou dar-lhe uma resposta como se fosse ele próprio que aqui estivesse.

O povo de Loures já lhe respondeu e, queira ou não, não há dúvida de que por detrás da manobra e da coligação que foi forjada desde o resultado das eleições de 1979 contra a Câmara da APU havia o profundo descontentamento de certos sectores, designadamente de certas sociedades da construção civil, contra a Câmara da APU, que não lhes dava as perspectivas de negócios que teriam com outras hipóteses.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Quanto às causas da queda da Câmara, o Sr. Riço Calado era o presidente dos serviços municipalizados e não era vereador a tempo inteiro porque se recusou, tal como o do PPD que foi eleito vereador. Por que é que recusaram assumir as funções para as quais foram eleitos?

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Por que é que procuraram sabotar desde o primeiro dia a acção da Câmara Municipal de Loures?

O Sr. Eduardo Pereira (PS): - Não é verdade.

O Orador: - O Sr. Deputado diz que não é verdade, mas é tanto verdade que o resultado das eleições é uma resposta às manobras antidemocráticas daqueles que não aceitaram a derrota em 1979...

Aplausos do PCP.