posso admitir, não lhe tolero que não consiga distinguir, da sua parte, o combate às minhas ideias do combate à minha pessoa. Se não o consegue distinguir é tempo de aprender porque eu não lhe admito isso.

Aplausos do PCP e do MDP/CDE.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado O Sr. Sousa Tavares.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, em relação a isso, os Srs. Deputados permitirão, com todo o respeito que me merecem, que a propósito eu faça um apelo no sentido que não haja agora aqui uma corrida ou uma estatística que justifique a utilização de determinadas formas de expressão que são desagradáveis e que não adiantam nada nem aos trabalhos nem ao convívio normal entre os deputados.

Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira, para uma declaração de voto.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O nosso voto foi justificado antecipadamente pelo meu camarada Vital Moreira, entretanto valerá a pena frisar depois da votação ainda dois ou três aspectos.

Em primeiro lugar, a proposta da AD nesta matéria corresponderia à total degradação do texto constitucional, e, em segundo lugar, a proposta da FRS corresponderia a alguma degradação desse texto.

Finalmente a proposta que acabou por ser aprovada é em si mesmo contraditória e quanto a nós não seria sequer objecto de voto contrário da nossa parte se se tratasse de a votar originariamente. Nós só votámos contra porque se trata de substituir o que lá está porque se fosse originariamente votada nós nem votaríamos contra.

Lembro aos Srs. Deputados do CDS, e em particular ao Sr. Deputado José Alberto Xerez, que devem ter poucas razões para estar contentes porque onde se lia «o Plano deve ser«, etc., passa a ler-se que a organização económica e social do país - eu insisto em que do país é toda a organização económica e social -, é orientada, coordenada e disciplinada pelo Plano. Eu não vejo qual é o motivo do seu contentamento e também não vejo quais são os motivos de contentamento do Sr. Deputado Mário Adegas.

Por outro lado, gostaria de dizer, à laia de informação ao Sr. Deputado Sousa Tavares, que ele faz na profunda confusão, daí talvez o exagero de linguagem que ele cometeu entre a acumulação capitalista e acumulação de capital. O capital não é necessariamente apropriação privada. O capital pode ser de apropriação social e a acumulação de capital numa sociedade onde não haja capitalistas existe, mas a acumulação capitalista tem um significado preciso. Não se trata de juntar um adjectivo ou um substantivo, é um substantivo concreto. O Sr. Deputado sabe isto muito bem e portanto não faça interpretações à letra porque corre o risco de dizer coisas que não fazem, essas de facto, qualquer sentido.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Luís Beiroco, para uma declaração de voto.

O Sr. Luís Beiroco (CDS): - Sr. Presidente, é para uma breve declaração de voto e sem entrar em considerações sobre a força jurídica do Plano, porque isso será tratado no artigo seguinte. E apenas para dizer que nos congratulamos com a alteração ao artigo agora votado porque nos congratulamos sempre quando a força normativa da Constituição aumenta e a força semântica diminui.

Aplausos do CDS.

às 15 horas e às 22 horas.

Está encerrada a sessão.

Eram 20 horas e 30 minutos.

Entraram durante a sessão os seguintes Srs. Deputados: