diminui em pormenores alguns dos elementos fundamentais de análise pequena e de intervenções pequenas. E, parecendo ser exaustivo, não lista o fundamental. Permita-me que lho diga, Sr. Deputado. Não lista a aprovação de urbanização como a de Penha Longa, não lista o cimento armado que pode existir à volta de Monserrate e da Pena, não lista as intervenções que alguns quereriam fazer no Penedo, não lista as intervenções, que aqui referi, das torres entre a Adraga e a Praia Grande.

Diminui ou procura ver as árvores, mas não vê o conjunto da floresta. Parece! Por último, uma indicação sobre o atraso na promulgação e em relação à intervenção do Sr. Deputado Luís Coimbra que me permitiria dizer parecer ser um pouco típica do seu modo de intervir. O Sr. Deputado disse que o diploma teria tido um hino de promulgação extremamente demorado. O que se lhe pode dizer é que isso é perfeitamente injustificado e que houve, sim, um hiato perfeitamente normal entre a aprovação e a pro mulgação.

Aplausos do PCP.

O Sr. Borges de Carvalho (PPM): - Sr. Presidente, dá-me licença?

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Borges de Carvalho (PPM): - Sr. Presidente, é para um protesto, em relação aos esclarecimentos do Sr. Deputado Anselmo Aníbal.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, evidentemente que quanto à resposta ao protesto o Sr. Deputado não tem direito a usar da palavra para um protesto. Relativamente à resposta ao seu pedido de esclarecimento, teoricamente parece que sim. Penso, todavia, que a discussão ordenada deste projecto de lei poderia recomendar que não se utilizassem constantemente estas figuras porque o debate fica emperrado. Mas se o Sr. Deputado pretende usar da palavra, faça favor.

O Sr. Borges: de Carvalho (PPM): - Sr. Presidente, prometo daqui por diante...

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Portar-se bem! ...

O Sr. Presidente: - Para responder ao protesto, tem a palavra o Sr. Deputado Anselmo Aníbal.

p> Isto quer dizer que os projectos de urbanização já arquivados -é essa a nossa política cautelar e parece que os senhores não tomam essas cautelas -, infelizmente quase sempre pelas mãos da AD, têm tido pernas para andar, incorrecta e criminosamente para as populações das áreas dos municípios que são afectados por essas decisões.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Aquilino Ribeiro Machado.

O Sr. Aquilino Ribeiro Machado (PS):- Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este diploma apresentado pela ASDI denomina-se «defesa do património natural e cultural da serra de Sintra» e já nesta designação há todo um programa a que é necessário atender.

Temos assistido ao longo dos anos, e será curta a memória dos homens que não tenha presente aquilo que era a serra de Sintra há menos de vinte anos atrás e aquilo que é hoje, quando da serra de Sintra se contempla a paisagem em redor de um dos seus pontos altos.

Efectivamente, a serra de Sintra tem sido aos poucos erudida em torno do seu perímetro por construções que se vão desenvolvendo de uma forma anárquica, proliferando ao sabor de especulações particulares e com o exercício de uma pressão cada vez maior sobre os organismos que têm capacidade e competência para aprovar essas urbanizações: é o fenómeno da expansão do grande centro de Lisboa, de que Sintra é já neste momento uma parcela de metástase.

Estamos a verific ar que, quer através de implantações industriais anarquicamente dispersas, quer através de construções de bairros para populações