têxtil. Daí a revolta dos trabalhadores têxteis. É, pois, tão lícito e democrático trazer esta questão à Assembleia como discutir a questão dos partidos políticos ou outra qualquer. A questão que levantei ao povo diz respeito e também o povo tem direito de a ver discutida nos seus órgãos de soberania.

Vozes do PCP: - Muito bem!

al esta Assembleia deve discutir. Se assim não for, está a manobrar-se para coarctar a livre negociação e lá vem o Governo, servindo-se desse cozinhado, tentar, mais uma vez, entalar os trabalhadores, tentar criar-lhes problemas.

Disse o Sr. Deputado João Evangelista que, no conjunto, os trabalhadores) dos têxteis pediam 55 %. Isso não é verdade. Devo dizer-lhe que inicialmente pediam no seu contrato, que tem a duração de um ano e meio, 29 % e, no caso do Vestuário do Sul, pedem 21,5 %. É a própria associação que o reconhece. Contudo, o patronato e o governo AD, conivente com o patronato, não querem aceitar, mas impor esta convenção de traição.

Aplausos do PCP.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada Ercília Talhadas, V. Ex.ª pediu a palavra para que efeito?

A Sr.ª Ercília Talhadas (PCP): - Prescindo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Nesse caso, tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Pereira, para protestar.

O Sr. Presidente: - Se o Sr. Deputado Veiga de Oliveira deseja responder ao protesto do Sr. Deputado Manuel Pereira, tem a palavra.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Deputado Manuel Pereira, sou muito sensível aos apelos de serenidade e não será por minha causa que a serenidade se perderá.

o entanto, talvez o Sr. Deputado não tenha reparado que a explicação que dei, com inteira franqueza, com inteira -passe o termo- inteireza, foi até aceite pelo Sr. Deputado João Evangelista. Ele próprio aceitou que eu não tinha querido ofendê-lo. Talvez prova maior não haja, embora juridicamente seja discutível que o ofendo aceite que foi dada uma explicação cabal.

Outra coisa é o poder aqui invocar-se o passado, que por excesso está marcado em muitos de nós - e este «nós» não quer dizer só os que aqui estamos, mas todo o povo português-, que por excesso está presente, que por excesso continua a ser um perigo em matéria de regresso. Temos, portanto, não só o direito de invocar, mas até o dever para, por todos os meios, se evitar que lá se regresse.

Vozes do PCP: -Muito bem!

Vozes do PCP: -Muito bem!

O Orador: - Esta é que é a verdade e foi isto o que eu quis invocar. Como disse, não quis nem ofendi o Sr. Deputado, que já disse que não se sentia ofendido com a minha explicação.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado Manuel Pereira, pediu a palavra para que efeito?

O Sr. Manuel Pereira (PSD): - Sr. Presidente, &ra apenas para aclarar um pouco a minha ideia de há pouco, porque o Sr. Deputado Veiga de Oliveira...