Por isso, os grandes partidos políticos não se mostraram dispostos a abdicar de um autêntico monopólio de candidaturas.

São contra os independentes.

Exibem aquilo a que Jacques Julliard chamou «a pretensão insensata de se comportarem como ordens espirituais».

E se é legítimo supor que o modelo de sociedade que nos propõem não incluirá «julgamentos populares, pelas bases, a submissão da consciência e liberdade individuais aos superiores interesses do partido, é importante que explicitem que a «disciplina partidária» não será aplicável, pelo menos, ao Primeiro-Ministro e ao Presidente da República quanto estes sejam militantes partidários, para que os não vejamos entender o interesse nacional segundo uma qualquer moção votada por quaisquer 10 militantes de bairro. O reforço da componente parlamentar do sistema impõe aos partidos o desafio da sua profunda reforma.

A segunda nota diz respeito à tão falada questão dos poderes presidenciais na lei de revisão.

P ara além do que no momento oportuno deixámos dito, importa tornar claro que nenhum deputado ou grupo parlamentar teria legitimidade para «virar» a revisão contra o actual Presidente da República.

Não a têm os que perderam as eleições de 7 de Dezembro de 1980.

Os valores democráticos lhe impõem acatar e respeitar a votação que os derrotou.

Menos ainda os que apoiaram ou viabilizaram a eleição do actual Presidente e que, como tal, não poderiam invocar nenhum mandato para o atacar.

Bom é que fique claro.

Porque a democracia é exigente. E ser-se democrata obriga.

7 - Nem sempre a lei de revisão pode ultrapassar a conjuntura e pensar-se futuro.

Mas a democracia é também confiança nos Homens e na sua capacidade.

É também esperança.

De um País mais livre, mais justo e mais fraterno.

Por isso também, sem esquecermos os seus defeitos e erros, votámos favoravelmente a lei de revisão.

A Constituição carecia de ser revista. Isso era indispensável à consolidação do regime democrático.

Com a revisão cessam alibis.

Também por isso votámos a lei de revisão.

O Deputado da ASDI, Magalhães Mota.

Anexo ao relatório da Comissão Eventual para a Revisão Constitucional anteriormente lido

Relação de expediente recebido

Natureza do documento

Carta

Joaquim Luna de Carvalho, Pampilhosa.

1- 6-1981

Assembleia Regional dos Açores, Horta.

12- 6-1981

Assembleia Regional dos Açores, Horta.

16- 6-1981

Associação dos Deficientes das Forças Armadas, Lisboa.

16- 6-1981

Sindicato dos Bancários do Norte. Porto.

22- 6-1981

22- 6-1981

Carla

Sindicato dos Bancários do Norte, Porto.

Carta

Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Évora, Évora.

10- 7-1981

Moção

Comissão de Trabalhadores e Delegados Sindicais da EPI, Lisboa.

Grupo Parlamentar do PCP, Palácio de S. Bento.

Grupo Parlamentar do MDP/CDE. Palácio de S. Bento.

Carta

Presidente da Assembleia da República, Palácio de S. Bento.

Presidente da Assembleia da República, Palácio de S. Bento.

Sindicato de Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas, Lisboa.

Grupo Parlamentar do MDP/CDE, Palácio de S. Bento.

Carta

Sindicato dos Trabalhadores Agrícolas do Distrito de Évora, Évora.

Carta

Carta

Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura do Distrito de Évora, Évora.

Câmara Municipal da Azambuja.

6- 9-1981

Assembleia Regional dos Açores. Horta.

8- 9-1981

Presidente da Assembleia da República. Palácio de S. Bento.

10- 9-1981

Assembleia Regional dos Açores. Horta.

18- 9-1981

Assembleia Regional dos Açores, Horta.

CGTP - Intersindical Nacional, Lisboa.

29- 9-1981

Assembleia de Freguesia de Mina, Mina.

29- 9-1981

Junta de Freguesia de Cadafais.

12-10-1981

Assembleia Municipal de Tavira, Tavira.

16-10-1981

Sindicatos dos Açores. Horta.

16-10-1981

Moção

Comissio de Moradores de Alcântara. Lisboa.

Carta

Comissão de Trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. E. P.. Viana do Castelo.

Memorando