organograma da empresa, o que evidencia a incapacidade e compadrio da sua gestão de pessoal?

Tudo, perguntas que a AD vai deixar sem resposta se não lhes vier a chamar, pudicamente, calúnias...

Mas depois de tudo isto, julga o governo AD que os trabalhadores e as suas organizações não lhe vão dar uma resposta adequada?

Pela parte do PS a AD pode contar, neste campo, com a nossa firme oposição e apoio à luta dos trabalhadores pelo desenvolvimento e definição clara e corajosa de uma política de transporte aéreo, mas, como é evidente, com outro governo.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para um pedido de esclarecimento, tem a palavra o Sr. Deputado Sousa Marques.

m em torno da nomeação deste conselho de gestão o transformam num conselho de gestão «liquidatário» da empresa TAP, como empresa pública e nacional que deveria ser salvaguardada?

Não será a política do Governo relativamente à TAP e este caso concreto da nomeação dos seus gestores um exemplo de como um governo pode liquidar uma empresa pública ou, pelo menos, a tenta liquidar?

Quanto aos órgãos representativos dos trabalhadores, é conhecido, desde há muito, a incapacidade e a falta de vontade para a negociação e para o diálogo.

Recordo também que os grupos parlamentares, e particularmente o meu, foram convidados pelas organizações representativas dos trabalhadores a visitar a empresa e que fomos proibidos de o fazer, tendo apenas possibilidade de contactar a comissão de trabalhadores.

Mas esta política - e o Sr. Deputado Marcelo Curto sabe-o bem - também tem os seus efeitos dentro da própria empresa. As eleições realizadas o ano passado deram uma estrondosa

O Sr. Jerónimo de Sousa (PCP): - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Marcelo Curto, se assim o entender.

ivos e assistem, cada vez mais revoltados, a uma política que conduzirá necessariamente a um agravamento dos défices e das dificuldades de tesouraria. E, portanto, não estão dispostos a assistir impávidos a esta liquidação da TAP, que não está a ser feita propriamente por um conselho de gestão - que não existe - mas por um Governo que tem planos, planos que é preciso denunciar. Foi isso que hoje aqui fiz.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Presidente: - Para uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Mário Tomé.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Assistimos, nos últimos dias, a uma série de «tiradas» sobre a grave crise económica em que permanece e se continua a afundar o nosso pais.

O economista Silva Lopes foi o mais claro de todos.

A redução do défice com o exterior entre 1977 e 1979 só foi possível devido à redução dos salários reais, facto dificilmente concretizável dos nossos dias pelo comportamento dos sindicatos.

Faça-se luz de que entre 1977 e 1979 tivemos no governo o Sr. Dr. Mário Soares, para que alguns opositores de hoje não se façam passar por salvadores de ontem e muito menos salvadores do amanhã.

As direcções sindicais também deveriam explicar se