minha intervenção, disse e cito «... ouvidas as populações através das suas estruturas representativas».
Para mim, as estruturas representativas são os vários escalões das autarquias locais. Penso assim ter respondido à sua pergunta.
O Sr. Magalhães Mota (ASDI): - E quanto à participação?
mesma que daria a V. Ex.a, evito de a repetir.
Aplausos do PSD.
O Sr. César de Oliveira (U.EDS): -Sr. Presidente, peço a palavra para fazer um protesto.
O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.
O Sr. César de Oliwelra (UEDS): -Sr. Deputado Figueiredo Lopes, usei há pouco da palavra no sentido de corresponder a um apelo vindo da sua bancada, nomeadamente por intermédio do Sr. Deputado Silva Marques, que não está neste momento presente, quando clamam por um rigor de linguagem, por um rigor de conceitos, por um rigor de expressões.
Vozes do PSD:- Muito bem!
O Orador: - Depois do que V. Ex.ª disse, continuo a não perceber nada: não sei o que é a sociedade reformista para V. Ex.a, nem sei sequer o que é isso de sociedade reformista.
Devo dizer-lhe que sou reformista, na medida em que assumo plenamente essa palavra. Não tenho medo das palavras. Serei reformista em nome da construção de uma sociedade que seja alternativa ao capitalismo.
Vozes do PS: --Muito bem!
O Orador: - Os tempos do Palácio de Inverno e das marchas triunfantes de Smolmy para o Palácio de Inverno vão longe. Penso que a sociedade socialista e autogestionária que sintetize a participação popular, a planificação democrática da economia e a democracia representativa só se pode construir através de reformas irrecuperáveis pelo sistema capitalista e, nessa medida, sou reformista.
Era importante que se soubesse, para que a situação se clarificasse, se o reformismo do PSD põe ou não em causa o capitalismo.
Uma forma permanente de deitarem poeira nos olhos das pessoas é refugiarem-se no reformismo, que ninguém sabe o que é e que VV. Ex.ªs não têm coragem de o explicitar.
Vozes do PSD: - Muito bem!
O Sr. Presidente: - Para contraprotestar, tem a palavra o Sr. Deputado Figueiredo Lopes.
O Sr. Figueiredo Lopes (PSD): - Sr. Deputado César de Oliveira, falou em sociedade socialista autogestionária, ...
O Sr. César de Oliveira (UEDS): -É o seu modelo!
O Orador: - ... referiu grandes parangonas ...
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - O reformismo não é parangona!
O Orador. -É ,uma realidade, Sr. Deputado. Deixemo-nos de filosofar sobre uma palavra e passemos a actos mais concretos.
O Sr. António Arnaut (PS): - Diga, diga!
O Orador. -Quando o Sr. Deputado César de Oliveira pergunta se o PSD põe ou não em causa o capitalismo, digo-lhe muito abertamente que o PSD põe em causa o capitalismo selvagem ...
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Ah!
O Sr. António Arnaut (PS): --E o civilizado?!
O Sr. Amadeu dos Santos (PSD): --- E também põe também em causa o capitalismo de Estado!
O Orador: - ... e o capitalismo de Estado.
O Sr. António Arnaut (PS): - E o capitalismo dito civilizado, o neocapitalismo?
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Estou esclarecido!
O Sr. Presidente: -Srs. Deputados, de acordo com o consenso que há pouco suponho que foi aceite, daria agora a palavra ao Sr. Deputado Borges de Carvalho para responder se assim o desejar, aos pedidos de esclarecimento que lhe foram feitos antes do intervalo para o almoço.
Tem V. Ex.ª a palavra, Sr. Deputado Borges de Carvalho.
O Sr. Borges de Carvalho (PPM): -Sr. Presidente, Srs. Deputados: Torna-se um pouco difícil responder como desejaria às questões que aqui foram formuladas, dado que os apontamentos que tirei já são nesta