rem-se às receitas brutas das farmácias. Contudo, será fácil saber o lucro das mesmas, atendendo à margem legal existente.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Convém que a oposição não se precipite tanto em matéria de factos...

O Orador: - O Sr. Deputado Silva Marques naturalmente aceita que as pessoas possam involuntariamente cometer erros, e bem assim, que com toda a naturalidade os rectifiquem.

Em relação ao Sr. Deputado Anacleto Batista, que diz estar baralhado, apenas lhe posso dar um conselho: baralhe e torne a dar, pois pode ser que assim melhore ...

Risos do PS, do PCP e da ASDI.

Aplausos do Sr. Deputado do CDS Menezes Falcão.

Relativamente ao papel das misericórdias, quero significar que, apreciando esse papel, penso que elas e todas as instituições de solidariedade social devem poder desenvolver a sua actividade noutros campos, que são vastíssimos. Simplesmente, não no campo da saúde, pelas razões que já expendi.

Termino congratulando-me com a oportunidade deste debate, que, penso, sensibilizou os Srs. Deputados. De tudo, podemos chegar à conclusão de que a AD não tem nenhum projecto para a saúde!

Aplausos do PS, do PCP, da ASDI. da UEDS e do MDP/CDE.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Peço a palavra, Sr. Presidente, para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, a UEDS está na disposição de solicitar o prolongamento do período de antes da ordem do dia, se porventura houver consenso dos outros grupos parlamentares para que esse prolongamento seja utilizado para se discutir e votar o voto por nós apresentado há já várias sessões.

Trata-se de um problema que terá de ser encarado na revisão do Regimento. Com efeito, acontece que os votos apresentados se vão arrastando de sessão para sessão e acabam por perder qualquer oportunidade ou significado.

Assim, permito-me propor ao Plenário, por intermédio da Mesa, que o prolongamento do período de antes da ordem do dia seja utilizado na discussão e eventual aprovação ou rejeição do voto que apresentámos sobre El Salvador. Só nestas condições, como é óbvio, solicitaremos o prolongamento do referido período.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, já tinha dado entrada na Mesa um requerimento solicitando o prolongamento do período de antes da ordem do dia.

Segundo o nosso Regimento, no prolongamento do dito período cada partido tem direito a 5 minutos. Sendo assim, não vejo que dentro do Regimento se fosse agora proceder à discussão e votação do voto em causa, embora compreenda as razões que o Sr. Deputado Lopes Cardoso expôs.

O Sr. Carlos Brito (PCP):- Peço a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, o requerimento que se encontra na Mesa é do PCP. Na altura em que deliberámos apresentá-lo tínhamos em vista produzir uma intervenção, contando que até essa altura o voto da UEDS já estivesse.

Sendo assim, encontramo-nos agora em dificuldades, uma vez que era muito importante para nós fazermos hoje essa intervenção, pois pretendemos referir uma questão de interesse e, ao mesmo tempo, dar uma notícia ao Plenário.

Nada temos contra qualquer outra solução, pois penso que a nossa intervenção não esgotará sequer os 5 minutos a que temos direito. Desta forma, haverá tempo bastante para se discutir e votar o voto, a favor do qual, aliás, vamos votar.

Penso que se poderá encontrar uma qualquer solução. Contudo, pensamos que é importante que possamos produzir a nossa intervenção. Só por isso apresentámos o requerimento que se encontra na Mesa.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, o Regimento não permite a discussão do voto. Simplesmente, não é a primeira vez que, desde que haja consenso, se altera essa disposição do Regimento. Aliás, foi exactamente por isso que invoquei a necessidade de um consenso.

Dado que a intervenção anunciada pelo PCP é curta, penso que haveria hipótese de se discutir e votar o voto e de o PCP fazer a sua intervenção.

Portanto, isto é possível desde que para tal haja consenso. Contudo, da nossa parte não queremos arrastar esta questão processual: ou há consenso, passaremos adiante.

O Sr. Presidente: - É evidente que a Assembleia é soberana. Portanto, ela decidirá como melhor entender, através da votação do requerimento que se en-