tante lixo são colocados em recipientes vulgares e são lançados nos contentores de lixo da Câmara seguindo para a lixeira comum da cidade.

«Neste mundo tudo se transforma», e até o lixo do Hospital de Leiria se vai transformar em novos focos de infecção!

Pois é a um hospital deste tipo, altamente carenciado em estruturas para as suas 213 camas, que se vai colocar um piso e aumentar a capacidade para mais 60 camas.

Consideramos - e toda a população considera - este aumento um erro, um erro que irá por certo custar bem caro a toda a região.

Com este aumento, engana-se a população, gasta-se dinheiro sem que ninguém beneficie, a não ser a Misericórdia, que poderá aumentar a renda, «pois quem faz filhos em mulher alheia», como diz o provérbio popular... Fazem-se remendos em edifício que já não serve, velho e sem estruturas e perde o próprio edifício a sua beleza e traçado arquitectónico.

Por que não se opta por aquilo por que a população se vem batendo há décadas, um hospital novo? O antigo Ministro dos Assuntos Sociais prometeu em Leiria e nesta Câmara que o hospital seria começado em 1982.

Gostaríamos de saber em que ponto se encontra o estudo e para quando o início do novo hospital. Não teria sido apenas uma afirmação gratuita e demagógica?

Por outro lado, foi destruída a escada principal de mármore que conduzia ao 2.º piso, uma escada bela e imponente encimada por um arco com duas peanhas trabalhos, tipo palaciano, imaginem, para ser ali colocado um elevador.

Não houve um mínimo de respeito pelo passado, pela conservação do património de todos nós e admiro-me que haja hoje responsáveis neste país que autorizem tal acto!

Leiria necessita de um hospital novo, não necessita de remendos num hospital que já não satisfaz e não tem estruturas.

Leiria perdeu já parte do seu património cultural.

Leiria está mais pobre!

Aplausos do PS, da ASDI da UEDS e de alguns deputados do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado João Lima, que dispõe de 30 segundos.

O Sr. João Lima (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Meio minuto é realmente pouco tempo para dizer aquilo que eu desejava.

No entanto, quero dizer ao Sr. Deputado José Gama que qualquer deputado desta Casa pode falar em nome de qualquer cidadão português porque todos nós, após a eleição para deputados, representamos o povo português no seu conjunto e não o círculo eleitoral por que fomos eleitos.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Orador: - Em segundo lugar, quero reiterar a intervenção do Sr. Deputado Custódio Gingão e lembrar que muito mais há para além do que ele disse em relação à nossa emigração quanto a este Governo.

Quero lastimar que neste Governo tenhamos um secretário de Estado da Emigração que se preocupa mais com a sua fotogenia nos jornais do que em dar, em concreto, solução aos problemas.

Aqui há uma semana verificou-se em Lisboa uma reunião da Comissão Mista Luso-Francesa para discutir questões bilaterais que tão importantes são nesta matéria. O Parlamento não foi ouvido, nem tido nem achado nessas questões. Não sabemos o que se passou, sabemos só que nada foi resolvido e que todos os problemas continuam na posição em que estavam.

É de lastimar que isto aconteça e esta não é uma atitude de oposição, é uma atitude nacional dos cidadãos que também se interessam por estas coisas e têm direito a discuti-las.

Aplausos do PS, do PCP e da UEDS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Custódio Gingão, para responder. Dispõe de 30 segundos.

bom que o Sr. Deputado se lembrasse disso, pois quando fala aqui em emigrantes fala de uma maneira, mas quando os vê fala de outra.

Era bom que o Sr. Deputado e a sua bancada tomassem nota disto para saberem como é e quem é que faz demagogia e quem não faz!

Aplausos do PCP, do MDP/CDE e de alguns deputados do PS.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, realmente eu tinha pedido a palavra, simplesmente intervirá a minha colega de bancada Manuela Aguiar.

O Sr. Presidente:- Faça favor, Sr.ª Deputada.

A Sr.ª Manuela Aguiar (PSD): - Sr. Presidente, eu queria explicar a sequência que o Governo deu às recomendações não do Congresso das Comunidades, porque essas ainda não foram publicadas nem