O Sr. Octávio Teixeira (PCP):- Porquê?! Diga, diga! ...
O Orador: - O Plano Siderúrgico que está aprovado e que está em execução, é o que foi aprovado para a 1.ª fase e não podemos construir a 2.ª fase antes da 1.ª Isto ,parece-me lógico!
Vozes do PSD: - Ele não percebe! ...
O Orador: - O Sr. Deputado Octávio Teixeira gostaria que estivéssemos a realizar agora a segunda fase do Plano Siderúrgico Nacional, quanto ao projecto de empresas públicas, tal não é possível sem a primeira fase estar concluída.
Uma voz do PSD: - É óbvio!
O Orador:- Indo a intervenções mais genéricas -e parece-me valer a pena dedicar-lhes alguns minutos, dentro da pressa que temos - o Sr. Deputado Rebelo de Sousa referiu que algumas instâncias internacionais gostariam de ver reformuladas as Grandes Opções porque as consideram demasiado optimistas. Pois, se tal se vier a verificar, serão revistas, mas neste momento não temos nenhuma razão para supor isso. Quando chegar a altura, o Sr. Deputado entrevirá na discussão, com certeza, como nós próprios.
Vou dedicar um pouco mais de atenção à intervenção do Sr. Deputado César de Oliveira, que normalmente tem graça ...
Risos do PSD, do CDS e do PPM.
...e hoje tem alguma também... Risos do PSD, do CDS e do PPM.
Aliás, permite-me corrigir algum pesar que eu tinha, por ontem não ter podido referir-me, pela pressa com que estava, à sua intervenção. E a de ontem teve mais graça ainda.
Risos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Deputado referiu ontem que não iria discutir ...
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Dá-me licença, Sr. Ministro?
O Orador: - Com certeza, Sr. Deputado.
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Admito que tenha alguma piada...
Risos do PSD, do CDS e Ao PPM.
.... eu de facto não posso é achar graça à política que segue o Governo! Se pudesse, também achava graça, mas infelizmente não posso, Sr. Ministro!
O Orador: - É disso que vamos falar, Sr. Deputado.
Risos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Deputado disse aqui ontem que não queria discutir o Plano e o Orçamento, enquanto instrumentos, porque o que estava em causa eram concepções globais. Hoje voltou a discutir a mesma ideia, ideia essa que não é compartilhada por algumas outras pessoas com mais formação económica do que o Sr. Deputado, porque isto de falar de modelos teóricos, não aplicados à prática, não custa muito, mas não serve para nada.
Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.
Pareceu-me que disse ontem que a crise resultava da concepção política e depois deu como exemplo monetarismo e políticas restritivas.
Penso que isso vai ficar na acta, pois tenho a impressão que disse isso.
Ora, a crise não resulta do monetarismo e de políticas restritivas!
O Sr. César de Oliveira (UEDS): -Não disse isso!
O Orador: - Depois veremos.
Gostava que o Sr. Deputado me dissesse quais são os países com condições económicas, de algum modo parecidas com as nossas -excluo apenas os países produtores de petróleo -, que possam ter concepções não restritivas, numa época destas.
Os únicos casos em que pode haver políticas não restritivas - na fase que atravessamos da conjuntura mundial - são os dos países produtores de petróleo.
Mas vamos um pouco mais longe, nas concepções que o Sr. Deputado revela.
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Dá-me licença, Sr. Ministro?
O Orador: - Claro que tenho de dar!
O Sr. César de Oliveira (UEDS):- Dou-lhe o exemplo da França, que segundo me consta não é produtor de petróleo.
O Orador:- Olhe que não é um bom exemplo!
Risos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Não sei se para si é produtor de petróleo?! ...
O Orador: - Olhe, que não é um bom exemplo!
O Sr. César de Oliveira (UEDS): -Deixe-me acabar. Estou a descontar no meu tempo, mas se me interrompe, deixa de assim ser para passar a descontar no seu.
O Orador: - Boa ideia!
Risos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. César de Oliveira (UEDS): - Não tenho formação económica -reconheço os meus limites e às vezes há gente que não conhece os deles e isto não e aplica a V. Ex.ª, obviamente -, mas dá ainda para entender, do que li do Plano, que se todos os países - excepto os produtores de petróleo- aplicam políticas restritivas que se traduzem normalmente num esforço de diminuir as importações e de aumentar