O Sr. Presidente: - Gostaria de informar a Câmara que o Sr. Deputado Magalhães Mota utilizou exactamente os 12 minutos, da média prevista.

Tem a palavra para uma intervenção, o Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em termos de intervenção, formulando também algumas perguntas ao Sr. Deputado Magalhães Mota, caso tenha algum tempo disponível para me responder, começaria por dizer que o inquérito parlamentar é, evidentemente, uma das formas mais democrática da actividade de um parlamento. Daí o pensar que há toda a conveniência em aprovar, o que podemos e devemos, este inquérito parlamentar.

Algumas dúvidas se levantam, no entanto, relativamente à premência das questões, a não ser, eventualmente, à das "luvas".

Como todos sabemos, em matéria de comércio internacional, tal sistema costuma funcionar em todos os países do mundo - nuns mais, noutros menos. Pergunto-me como será possível a própria actividade parlamentar ou a democracia evitarem situações dessas, conhecidas de todos nós. Não sei se será ou não o caso da aquisição de Boeings 727, mas genericamente isso acontece por toda a parte.

Uma questão que gostava de colocar, no campo das interrogações que se me põem quanto a este inquérito parlamentar - e afaço-o com conhecimento de causa -, respeita a que para uma transportadora aérea nacional, em que toda a sua frota de médio curso é constituída por aviões Boeing 727, querer adquirir novas, unidades de outro tipo de avião, precisamente para as mesmas funções e imediatamente - por considerações de economia de escala, por razões de manutenção, de suplentes existentes, e, até, de treina de novas tripulações -, os técnicos da TAP não necessitavam sequer de 30 dias para se decidirem. 15to considerando até que se trata do avião hoje mais vendido em todo o mundo, para o fim específico de carreiras de médio curso. Pelo contrário, penso que 30 dias foi tempo demasiado para a tomada de tal decisão, quer sob um ponto de vista técnico, quer económico.

O Sr. Deputado Magalhães Mota referiu ainda que a dúvida quanto a esta série de Boeings 727/200 se punha, por um lado, já que foi, com um

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Magalhães Mota.

O Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Boa, boa!

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rogério Leão.

O Sr. Rogério Leão (CDS): - Sr. Presidente, e Srs. Deputados: Desejaria fazer apenas uma brevíssima intervenção.

Temos sérias dúvidas quanto à vantagem ou interesse deste inquérito mas estamos certos de que o Governo é o principal interessado neste mesmo inquérito, pelo que não pomos qualquer objecção ao mesmo.

Reservamos, contudo, a nossa posição para quando do seu desenvolvimento, pelo que não faremos qualquer intervenção, neste momento, sobre este assunto, já que achamos que não estão criadas aqui as condições para se debaterem assuntos deste melindre, altamente técnicos.