O Sr. Carlos Brito (PCP): - O Sr. Deputado, é só para vermos como é que se pode organizar este período de antes da ordem do dia ...

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, dão-me licença que interrompa esse interessante debate?

Para além da dificuldade inerente à organização destes trabalhos surgidos já depois de aberta a sessão, a Mesa ainda não se declarou incapaz de o fazer. Portanto, aceita todos os contributos, mas ainda não renunciou a conseguir ordenar as inscrições de uma maneira que seja aceitável por todos.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, eu fui interrompido quando estava no uso da palavra. Portanto, se mo permitir, eu continuaria.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Efectivamente, eu enunciei três acontecimentos importantes, a saber: a Marcha da Paz e as violências aí ocorridas; as violências no cemitério da Marinha Grande a propósito das comemorações do 18 de Janeiro; e a declaração do Presidente da República por intermédio do seu porta-voz.

E, na sequência destes três acontecimentos, referi que a minha bancada estava particularmente interessada em fazer uma declaração sobre um deles, e até de certa forma sobre o de maior gravidade, pelo menos na sua análise imediata, e que era o das violências no cemitério da Marinha Grande.

Esta a correcção ao Sr. Deputado Carlos Brito que fez uma interpretação ...

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Não foi assim!

O Orador: - Ó Sr. Deputado, eu sei que a vossa bancada é célebre no vosso activismo, mas tenho as minhas dúvidas que tenha tido tanta rapidez em consultar o registo da sessão. Ou então também admito que o registo, salvo o magnetofónico, esteja também errado. É uma tese pensável, de qualquer modo, ele ainda não é definitivo. Portanto, o Sr. Deputado, que é um parlamentar que procura o rigor, de certo reconhecerá a bondade da minha posição.

E é precisamente porque a sua argumentação foi forte no que diz respeito ao escalonamento das intervenções que eu inscrevo, desde já, a minha bancada para a respectiva intervenção.

O Sr. Silva Marques (PSD): - Sr. Presidente, não sou eu que faço a intervenção do meu partido, É o Sr. Deputado Rocha de Almeida.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, logo a seguir à intervenção inicial do Sr. Deputado Silva Marques, julgo ter deixado claramente explícito que me inscrevia, caso fosse aberto este período de antes da ordem do dia, para uma declaração política. Assim, julgo que a seguir à declaração política do PSD terá lugar a do PPM.

O Sr. Presidente: - A situação é esta: enquanto que o Sr. Deputado Luís Coimbra pedia a palavra do seu lugar, o Sr. Deputado Leonel Fadigas subiu aqui para se inscrever. Se o Sr. Deputado Leonel Fadigas não vê inconveniente intervirá o Sr. Deputado Luís Coimbra primeiro.

O Sr. Leonel Fadigas (PS): - Não vejo qualquer inconveniente, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Afim de que não se levantem mais dificuldades, antes de o Sr. Presidente dar por aberto o período excepcional de antes da ordem do dia, gostaria de saber se fica garantido que a interpelação continuará na quinta-feira e qual será a duração que vai ter este período de antes da ordem do dia. A nossa proposta é que fosse de hora e meia para que não fosse necessário estendê-lo. Gostaríamos que após esse período de antes da ordem do dia houvesse um curto intervalo, para a seguir começarmos com a interpelação ao Governo sobre a habitação.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.

O Sr. Presidente: - É aceite a proposta do Sr. Deputado Carlos Robalo no sentido de cada grupo parlamentar usar da palavra por dez minutos, se assim o desejar.

Há uma inscrição do Sr. Deputado Carlos Candal que dependerá, naturalmente, da administração do tempo por parte do Grupo Parlamentar do PS.