trabalho colectivo de sete Ministérios, não me parece possível a definição total de uma política de habitação.

Nós estamos abertos a uma discussão de todos estes problemas, a uma colaboração fecunda na elaboração de um plano nacional de habitação. Compreendemos perfeitamente e assimilámos tudo o que o Governo disse - foi candente e profundamente pensado e temos que agradecer isso ao Sr. Ministro sobre o crédito e sobre as possibilidades de desenvolvimento do crédito para habitação. Mas penso que todo este conjunto de elementos, toda a racionalidade das coisas que giram à roda do problema da habitação e que ultrapassam de longe o Ministério a que o Sr. Ministro preside, devem ser encarados num plano nacional para que cada português possa, num futuro relativamente próximo, vir a ter uma casa.

Aplausos do PSD e do PPM.

O Sr. Silva Graça (PCP): - O CDS não bate palmas!

O Sr. Presidente: - Para solicitar esclarecimentos, tem palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Sr. Deputado, dá-me licença que o interrompa?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Queria dizer-lhe só isto: penso que não se contrapõe, mas se se contrapõe pior para a política melhor para mim.

Risos gerais.

Segundo ponto: todas as medidas que acabei de enunciar constam do programa do partido a que eu pertenço. É, essencialmente um programa social-democrata e eu sou do Partido Social-Democrata!

Vozes PS: - Muito bem!

O Orador: - Mas é justamente isso. Ou se trata de decalque da demagogia programática da AD, e é demagogia porque na prática é ao contrário que se assiste - o que eu não quero crer porque o Sr. Deputado tem uma opinião própria, facto que demonstra várias vezes embora nem sempre de uma maneira feliz -, ou então acabou de expor a sua ideia, que tem muitos aspectos coincidentes com aquilo que dizemos e defendemos, inclusivamente ontem e hoje aqui na tribuna, e que não corresponde em nada à actuação do vosso governo, nem à organização política do vosso partido.

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Então tem que se modificar a prática!

O Orador: - A pergunta subsiste e veremos a sua resposta na prática do Governo, nessa altura veremos se temos ou não razão e se o Sr. Deputado tem alguma coisa a ver com a política do seu partido, da sua AD e do seu governo.

Vozes do PCP: - Muito bem!

O Sr. Sousa Marques (PCP):- Ou então m Sr. Deputado já é da oposição!

O Sr. Presidente: - Está agora inscrito. o Sr. Deputado Sousa Gomes. Pergunto-lhe qual o tempo que vai utilizar, visto o seu partido já ter esgotado o que tem disponível.

O Sr. Sousa Gomes (PS): - Sr. Presidente, como se sabe, o meu grupo parlamentar já não tem tempo próprio, mas por gentileza do Grupo Parlamentar da UEDS foram-nos concedidos 17 minutos que amanhã utilizarei numa intervenção. Neste momento, se me permitir, utilizarei meio minuto desse mesmo tempo para colocar uma pequena questão ao Sr. Deputado Sousa Tavares.

O Sr. Presidente: - Certamente, Sr. Deputado.

O Sr. Borges de Carvalho (PPM): - O PPM dá-lhe tempo.

O Sr. Presidente: - Pelos vistos, ainda tem mais crédito. Tem a palavra, Sr. Deputado.

O Sr. Sousa Gomes (PS): - Sr. Deputado, ouvi com grande surpresa e agrado a sua intervenção. Ela constitui uma inovação por parte da bancada da maioria, por isso a minha única questão é esta: podemos, a partir da sua intervenção, contar com alguma concretização daquilo que disse ou a sua intervenção foi uma iniciativa pessoal que nada tem a ver com a política que vai ser seguida? Desde já lhe digo que a sua iniciativa conta com o apoio e a simpatia da minha bancada.

O Sr. Octávio Teixeira (PCP): - O CDS não deixa!

O Sr. Presidente: - Igualmente para solicitar esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputada Luís Coimbra.

O Sr. Silva Graça (PCP): - Agora vai o PPM dizer que também está de acordo!

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Vou fazer esta intervenção à laia de pedido de esclarecimento ao Sr Deputado Sousa Ta-