A primeira é a seguinte: teremos de tomar em linha de conta - e eu já não ponho o problema da legalidade porque o meu colega já o fez e o Sr. Deputado já respondeu- um aspecto que aqui apoiamos e que é aspecto da valorização histórica não só do Barredo mas também das outras zonas degradadas, inclusivamente de Gaia, e conciliar essa valorização histórica com as verbas que o Sr. Deputado reclamou.

O Sr. Deputado falou numa verba mínima mas parece-me que a verba de 200 000 contos que o Sr. Deputado aqui propôs será insuficiente para cobrir o projecto que todos nós desejaríamos ver viabilizado.

É chamo a atenção do Sr. Deputado para dois aspectos: um, o aspecto relativo à zona da Sé propriamente dita, na qual se inscrevem os monumentos mais antigos da cidade do Porto, e foi ali que realmente nasceu a cidade do Porto...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, terminou o seu tempo. Peço-lhe o favor de concluir os seus pedidos de esclarecimento.

O Orador: - Sr. Presidente, como o meu grupo parlamentar não vai fazer nenhuma intervenção sobre este assunto, se me fosse permitido, eu transformaria a minha intervenção para pedir esclarecimentos numa intervenção.

O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado fará, portanto, a intervenção do CDS?

O Orador: - Sim, Sr. Presidente. O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Orador: - Penso que a reconstituição destes bairros terá de ser feita condignamente, de acordo com o projecto de recuperação de revitalização, como já aqui foi dito, da cidade. £ esse projecto certamente que terá de ter orçamentos que o viabilizem em termos artísticos e arquitectónicos, pois os materiais são caros.

Recordo a V. Ex.ª, que, noutra situação, também quando se procurou fazer a recuperação do Barredo, houve quem pusesse em dúvida a honestidade da administração porquanto as pessoas não avaliavam dos custos a que levaria essa recuperação, principalmente no que diz respeito ao tratamento dos materiais, às cantarias e a outros materiais adequados à época, como sejam os pavimentos, etc.

Por isso, parece-me que a verba de 200 000 contos será insuficiente. Teríamos de pedir uma verba 10 vezes maior porque esses 200 000 contos continuarão a manter o problema na situação em que se encontra agora porque eles não permitirão a sua resolução.

Ponho, pois, em lado, gostaria que o Sr. Deputado me esclarecesse se a criação de uma gestão diferente daquela que até agora tem trabalhado neste sector na Câmara Municipal do Porto, embora admitindo elementos autárquicos, se a criação do órgão gestionário por vós proposto não irá criar um conflito quer em relação à Assembleia Municipal quer em relação ao executivo da própria Câmara.

Gostaria que me respondesse como será viabilizado este processo e qual a solução encontrada para evitar estes conflitos.

Quanto ao resto, associamo-nos inteiramente às vossas apreensões, tanto mais que elas também fazem parte do nosso programa de reivindicação e de justiça social.

O Sr. Presidente:-Sr. Deputado Carlos Lage, embora em forma de intervenção, o Sr. Deputado Adriano Rodrigues fez pedidos de esclarecimento. Como não há mais pedidos de esclarecimento, se V. Ex.ª quiser responder, tem a palavra.

decisivo na inércia reinante e, digamos, até nalguma boa dose de hipocrisia instalada.

Vozes do PS: - Muito bem!