nários precisam de lacaios dóceis. Não contesto essa afirmação, pois não contesto as afirmações que vêm de experiências vividas.
Aplausos do PSD.
O Sr. Presidente:- Para exercer o direito de defesa, tem a palavra o Sr. Deputado Silva Marques.
lugar e de, em gesto intimidatório deliberado, se dirigir a um deputado e não tendo V. Ex.a, Sr. Presidente - admitido, por não se ter apercebido no momento do que se passava -, reagido, reagi eu nos termos que decorriam da situação.
Estava interrompido o estatuto parlamentar, tratava-se de responder à provocação com a respectiva resposta, que foi dada, reconheço, em termos emocionais mas não apenas em termos emocionais pois era a única que naquele momento era possível dada a interrupção verificada na disciplina da Assembleia.
Vozes do PSD: -Muito bem!
0 Orador: -Foi essa a reacção que tive e que voltarei a ter.
Quando o Sr. Deputado Luís Filipe Madeira faz papel de grão-fino, como se apenas valessem as formas ... .
Aplausos do PSD
..., o Sr. Deputado Luís Filipe Madeira talvez o faça porque durante os 50 anos de fascismo, que me conste, não partiu uma única costela nem perdeu sequer um só cabelo.
Risos do PS.
Daí que talvez o impressione quando estão interrompidos os estatutos formais da democracia, a luta de ruas, o que o impede de compreender a situação.
Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Presidente: -Tem a palavra o Sr. Deputado António Arnaut,
0 Sr. António Arnaut (PS): -- Sr. Presidente e Srs. Deputados: 0 que aqui se passou é, a vários
títulos, lamentável e não constitui, para o Partido Socialista, res inter allios.
O que se passou entre o Sr. Deputado Mário Tomé e as bancadas da maioria não é indiferente para o Partido Socialista. Contudo, não vou entrar nesse incidente, mas queria apenas dizer aos Srs. Deputados que várias vezes um deputado se levanta e vai interpelar outro colega de outra bancada para o felicitar ou para obter dele esclarecimentos pessoais. Estou até a lembrar-me que num debate polémico que aqui se travou sobre saúde, a determinada altura um deputado do Partido Comunista Português -que não me recordo agora quem foi-. se dirigiu ao então Sr. Deputado Oliveira Dias, a quem entregou um livro sobre a problemática de saúde, atitude essa que foi aplaudida.
Mas, Srs. Deputados, não é isso que está em causa. 0 que está em causa é que quando uma Câmara -para usar uma expressão que me ocorre, de Oliveira Martins- se desprestigia, pela palavra ou pela a atitude dos seus próprios membros, é a democracia que sai desprestigiada. Era para esse facto que queria chamar a atenção dos Srs. Deputados e, invocando o Regimento, pedir ao Sr. Presidente que os trabalhos continuassem como se nada tivesse acontecido.
Vozes do PSD:- Amen!
O Sr, Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Deputada Alda Nogueira.
A Sr.ª. Alda, Nogueira (PCP): - Antes de mais, queremos solidarizar-nos com a atitude da Mesa que no meio desta caótica, vergonhosa e indecorosa atitude por parte dos deputados da maioria ...
Neste momento os deputados das bancadas do PSD e do CDS batem com os punhos nos tampos das carteiras.
A Oradora: - Srs. Deputados, não me metem medo ao baterem nas bancadas.
O Sr. Manuel Moreira (PSD): -Tenha vergonha!
A Oradora: - Já passámos por situações muito diferentes, com pistolas à frente e não nos meteram medo!
Aplausos do PCP.
Portanto, não vale a pena essas pancadas!
Aplausos do PCP.
Eu diria, Sr. Presidente e Srs. Deputados, que nunca imaginaria que numa Assembleia eleita num regime democrático, como é o nosso, coisas como estas se pudessem passar. Esta é mais uma comprovação de que estes deputados não correspondem ao sentir do povo lá fora. Quem ouvir chamar aos antifascistas criminosos, certamente não poderá ficar silencioso nem poderá concordar com estes termos.
O Sr. Jorge Lemos (PCP): -Muito bem
A Oradora: - É um insulto que não pode deixar de merecer o nosso veemente protesto porque nós