nistração Interna na televisão - e que se junta às sucessivas obscenidades que constituíram um quadro geral de manipulação da comunicação social levado a efeito pelo governo da AD, particularmente nos dias 12 e 13. Mas fê-lo em tais termos que demonstra que de facto houve pornografia política houve obscenidade, houve uma forma completamente inaceitável e intolerável de participar na vida de um Estado democrático e muito menos de ser membro de um governo.

Vozes do PCP: - Muito bem!

Portanto, o que lhe pergunto, Sr. Deputado, é se ele misturou tudo porque estava com os copos ...

Protestos do PSD, do CDS e do PPM.

... ou porque pretendia inculcar na opinião pública a ideia que os responsáveis eram a CGTP, os trabalhadores em greve e o Partido Comunista Português.

Aplausos do PCP.

É perfeitamente intolerável e inadmissível que se manipule com ar de desastrado e com ar de farsante, como ele o fez, o órgão de comunicação social mais importante de todos que é a televisão.

Aplausos do PCP.

Protestos do PSD, do CDS e do PPM.

O que se passou é suficientemente importante, para que possamos distinguir entre uma coisa péssima que é o governo da AD e um ministro que demonstrou não ter dignidade suficiente para ser Ministro de nenhum governo, até do governo da AD.

Aplausos do PCP.

15to faz com que nós exijamos aqui, na Assembleia da República, porque é o lugar próprio, que o Sr. Ministro explique porque é que misturou alhos com bogalhos, o que é que tinha tomado nesse dia, se estava sob a acção de algum medicamento ou se simplesmente pretendeu - tal como parece ter pretendido - misturar a greve, os sindicalistas, a Intersindical e o PCP com acontecimentos que nada tinham a ver nem com a greve nem com os sindicalistas nem com o protesto contra o governo da AD.

Portanto, é necessário que ele venha aqui à Assembleia, que é o lugar próprio, dizer se pretendeu ou não fazer isso. Se não pretendeu, é necessário que esclareça o País e que repita - como o Sr. Deputado Sousa Tavares ainda agora o disse - que de facto não houve nenhuma ideia de responsabilizar nem a CGTP nem o Partido Comunista pelos acontecimentos que foram referidos, como assassínios, atropelamentos, etc.

Aplausos do PCP e de alguns deputados da UEDS.

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Acho curioso que o Sr. Presidente me

pergunte para que efeito.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, não é por uma questão de curiosidade,

mas como sabe, a Mesa tem por dever perguntar para que efeito é que

qualquer Sr. Deputado pede a palavra.

Aplausos do PS.

O Sr. Sousa Tavares {PSD): - Peço a palavra para responder "às coisas" que o Sr. Deputado Veiga de Oliveira disse.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: De maneira nenhuma vou usar alguma das expressões ou das maneiras do Sr. Deputado Veiga de Oliveira que, aliás, respeito há muitos anos e tenho pena que ele se tenha excedido desta maneira completamente incompreensível num vice-presidente de uma bancada desta Assembleia em relação a um membro do Governo legitimamente constituído.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

Acho lamentável que tenha chegado mesmo o usar palavrões para alcunhar uma pessoa.

Vozes do CDS: - Muito bem!