Manuel Correia Lopes.

Manuel Gaspar Cardoso Martins.

Manuel Rogério de Sousa Brito.

Manuel Silva Ribeiro de Almeida.

Maria Ilda Costa Figueiredo.

Marina Grou Lanita da Silva.

Octávio Augusto Teixeira.

Zita Maria de Seabra Roseiro.

Partido Popular Monárquico (PPM)

António Cardoso Moniz.

António José Borges G. de Carvalho.

António de Sousa Lara.

Jorge Victor Portugal da Silveira.

Henrique Barrilaro Ruas.

Luís Filipe Ottolini Bebiano Coimbra.

Acção Social-Democrata Independente (ASDI)

Joaquim Jorge de Magalhães S. Mota.

Jorge Manuel M. Loureiro de Miranda.

Manuel Cardoso Vilhena de Carvalho.

União da Esquerda para a Democracia Socialista (UEDS)

António Ferreira Guedes.

António César Gouveia de Oliveira.

António Manuel C. Ferreira Vitorino.

António Poppe Lopes Cardoso.

Movimento Democrático Português (MDP/CDE)

Helena Cidade Moura.

União Democrática Popular (UDP)

Mário António Baptista Tomé.

O Sr. Presidente: - Vamos prosseguir o debate da interpelação do PS ao Governo, sobre política geral.

Para uma intervenção, tem apalavra o Sr. Deputado Mário Tomé.

O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A moção de censura do PS será bem-vinda e a UDP vota-la-á favoravelmente.

Uma voz do PSD: - Já se sabia!

O Orador: - Esta interpelação ao Governo vem no entanto atrasada, porque a maior e mais viva interpelação foi feita no dia 12 de Fevereiro pela classe operária em que grande parte da população activa censurou de facto o governo AD, deixando bem claro estar farta dele.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Ministro Ângelo Correia encarnou nestes últimos dias, de forma superior, por um lado, toda a incapacidade da grande burguesia para fazer do acto de governar algo mais do que um assalto ou do que batota nos casinos e na Bolsa e, por outro lado, a utilização obscena do terrorismo e da violência policial por parte do governo AD.

O deleite babado com que Ângelo Correia fala das suas manobras truanescas a milhões de telespectadores; o à-vontade com que em nome do Governo mente, aldraba e manipula; o provincianismo como desempenha o papel de Kissinger do interior, dão-lhe, e só a ele, o mérito de cristalizar e nos transmitir de forma inédita, com o seu toque pessoalíssimo, a verdadeira essência de um governo pastorrento na sua impunidade para a provocação, a violência, os desmandos e as tropelias.

Seríamos no entanto terrivelmente injustos se esquecêssemos um Luís Barbosa, um ou dois Hortas, um Batista, um Crespo; imperdoavelmente insensíveis se não referíssemos Diogo, Salgueiro, Teles ou Balsemão.

Já aqui tive ocasião de classificar este governo de pantomineiro no sentido mais vulgar da palavra.

Risos do PSD e do PPM.

Não queria deixar de reiterar esta minha afirmação depois da encenação politiqueira levada a cabo pelo Executivo a propósito da greve geral.

Podemos afirmar que, enfim, o governo AD conseguiu tornar-se digno da sua televisão e colocar-se de maneira insofismável ao nível da programação «proencina»; direi mesmo que o governo AD passará à história como um dos mais bem conseguidos programas do Sr. Proença de Carvalho.

«Termina hoje uma semana de forte agitação laboral e social em que fracassou uma tentativa terrorista de subversão do regime». Foi sensivelmente assim que começou o Telejornal de domingo, dia 14 de Fevereiro de 1982.

O Sr. António Arnaut (PS): - É verdade!

à saciedade a falta de passageiros, ou seja, a enormíssima redução da vida colectiva provocada pela greve.

As referências dispersas e sem qualquer sistematização a números de adesão mostram que para o Governo não existe classe operária e que, por exemplo, aos restaurantes algarvios se resume a vida naquela província.

Mas não devemos iludir-nos quanto à manifesta modéstia dos conhecimentos governamentais. É que, na verdade, o Governo tem em boa conta a classe operária e os trabalhadores quando se trata de impor leis antilaborais ultrareaccionárias, de proteger o