Com efeito, como partidos democratas que somos, qualidade que reivindicamos e não toleramos que contestem ...

Uma voz do MDP/CDE: - Nota-se, nota-se!

0 Orador: - ..., não podemos admitir, rejeitamos vigorosamente e protestamos, apesar de devermos respeitar o direito ao nome e à sigla dos respectivos partidos, contra a insinuação torpe que a Sr.ª Deputada acaba de lançar sobre a minha bancada e sobre a bancada da Aliança Democrática.

Julgava que da parte da bancada do MDP/CDE houvesse o entendimento dos termos e condições em que utilizei a expressão, isto é, figurativamente. Seja como for, não toleramos tal insinuação.

Sr. Presidente, Srs. Deputados: Respondendo às intervenções da bancada socialista, gostaria de afirmar que ao proferir a expressão «sangrar em vida», realmente com uma certa deficiência de linguagem, pois queríamos dizer «sangrar em saúde», o que pretendemos, significar foi no sentido de que existe, realmente, uma prática curativa, a da sangria, que se utiliza, ainda, em determinadas regiões do nosso país e que tem, além disso, a vantagem de, segundo creio, não pagar qualquer taxa moderadora.

Risos do PS.

O Sr. António Vitorino (UEDS): - Isso é verdade! Mas até quando?

O Orador: - Certamente que o Sr. Ministro dos Assuntos Sociais irá perdoar isto.

O que quero afirmar, no entanto, é que não necessitamos de dizer terceira vez que estamos unidos e solidários para que isso seja um facto. De qualquer maneira, se tal fosse necessário, nós repeti-lo-íamos, já que isso corresponde aos factos. Como a verdade é para dar testemunho, nós queremos dar testemunho da verdade. Repito, por isso, que estamos unidos e solidários com o governo, da Aliança Democrática, a quem apoiamos inteiramente.

Aplausos do CDS e do PPM.

O Sr. (Presidente): - Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados: São aproximadamente 20 horas. Penso que é altura de se decidir se vamos continuar com o debate ou se vamos fazer um intervalo para jantar, voltando depois aos trabalhos.

Lembro que está inscrito a seguir, para uma Intervenção, o Sr. Secretário de Estado do Planeamento.

Aplausos de alguns Srs. Deputados do PS.

0 Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Sr. Presidente, gostaria de pedir à Mesa a informação, a fim de tomarmos uma posição quanto à sequência dos trabalhos, do tempo que ainda resta para o debate, isto partindo do princípio de que o Governo abandonará o mutismo em que se tem mantido ao longo de todas estas horas.

0 Sr. Presidente: - É evidente que nino sei se os tempos serão todos utilizados.

Neste momento, os tempos disponíveis são os seguintes: Para o Governo, 48 minutos; PCP, 15 minutos; PPM, 6 minutos; ASDI, 14 minutos. O PSD, o PS e o CDS esgotaram os respectivos tempos.

Temos depois a fase de encerramento do debate.

Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

O Sr. Lopes Cardoso (UEDS): - Gostaríamos ainda de saber, caso isso seja possível, se o Governo pretende ou não usar do seu tempo, para mais facilmente podermos tomar uma decisão no sentido de se continuar com o debate ou de se interromper para jantar, já que, de facto, o Governo dispõe de um tempo substancial - quase 50 minutos. Se os usar é uma coisa, se não os usar talvez se possa continuar agora, sem interrupção.

O Sr. Presidente: - O Governo informa de que tenciona utilizar cerca de 30 minutos.

Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.

encerramento o seja. Gostaríamos, em consequência, que ele se efectuasse após o jantar, mas não nos opomos a qualquer decisão.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr, Deputado Manuel Pereira.

O Sr. Manuel Pereira (PSD): - Sr. Presidente, gostaria apenas de dizer que nos parece, de facto, mais razoável fazer-se o intervalo para jantar, continuando depois os trabalhos.

0 Sr. Presidente: - Srs. Deputados, havendo acordo neste sentido, faremos agora um intervalo para jantar, retomando a sessão às 10 horas,

Peço aos Srs. Deputados que a reabertura dos trabalhos se faça mesmo às 10 horas, já que se a vamos protelar, tal representará um inconveniente para todos.

Está suspensa a sessão.

Eram 19 horas e 55 minutos.

Após o intervalo assumiu a Presidência o Sr. Vice-Presidente Amândio de Azevedo.