De qualquer maneira, não está em causa o apreço pessoal que me merece o Dr. Regueira, como de resto sucede em relação a muitos membros do Governo aqui presentes, o que não poderei, porventura, estender a todos.

Assim devo dizer que a justificação apresentada pelo Sr. Secretário de Estado é talvez eivada de um optimismo excessivo.

O Sr. Secretário de Estado veio aqui dar-nos um panorama de justificação daquilo que o Governo tem feito e, sobretudo, daquilo que o Governo não tem feito.

Ouvimos da sua boca, pelo menos na parte que tive oportunidade de ouvir, uma série de justificações, uma série de apresentação de motivos para as falhas, para o reconhecimento dos maus resultados económicos, que tive oportunidade de referir na minha, intervenção e que são indesmentíveis.

O pior ano, desde sempre, na balança de pagamentos, o maior défice das nossas transacções com o exterior, cerca de 9 % do nosso produto interno, o ano em que se regista o maior agravamento do ignorar, que em 2 anos de governação AD, a situação a que Portugal chegou é, de facto, a pior que conhecemos nos últimos tempos.

Vozes do PS: - Muito bem!

se um conjunto de outras circunstâncias se verificarem, tudo será diferente.

É evidente que se tudo isto suceder, algumas coisas poderão mudar! Mas, Sr. Secretário de Estado, fui claro na minha intervenção!

O que está em causa é uma política estrutural, é uma política de fundo. Os resultados da gestão económica, conseguidos a curto prazo, traduzem a incapacidade de inverter uma dinâmica de fundo que o Sr. Secretário de Estado referiu - que é negativa, uma dinâmica que não tem saída a curto prazo, pelo menos nas bases que até agora o Governo conseguiu enunciar nesta Assembleia.

Vozes do PS: - Muito bem!

continuar a pagar, por esses mesmos erros.

Vozes do PSD: - Olhe que, não!

alo esteve aqui, nesta Assembleia, em Junho passado e da sua própria boca ouvimos dizer que o sistema não servia e que teria de ser reformado.

Estamos em Fevereiro, os estudos continuam mas as reformas não foram feitas.