para o PS, de coisa muito mais séria: de manifestar coerentemente a sua oposição, de declinar qualquer responsabilidade na continuação do Governo - contra o qual sempre votou e votará - e de dirigir no local próprio, que é a Assembleia da República, uma advertência directa aos partidos da maioria para os colocar, através dos seus deputados, nominalmente, perante as suas irrecusáveis responsabilidades nacionais. Saliente-se que a interpelação foi feita pelo PS ao governo Balsemão à sua falta de capacidade global, ao não cumprimento das suas promessas eleitorais e das metas apresentadas no seu Programa, aos minguados resultados que tem, globalmente, apresentado ao País, à pobreza e manifesta inadequação das suas políticas sectoriais e não ao PS, como curiosamente parece terem dado a entender os Srs. Ministros que aqui usaram da palavra. Como é óbvio o PS como partido da oposição, não está nem podia estar em causa neste debate.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - A verdade, porém, é que os Srs. Ministros, encarregados de responder ao PS, não só o não fizeram como procuraram inverter o ónus da prova exigindo do PS que apresentasse alternativas ditas construtivas, com uma tal curiosidade acerca dessas alternativas que dir-se-ia desejariam aprender com o PS a arte de bem governar.

Risos do PSD.

Salvo o devido respeito, não é esse o sentido da figura regimental da interpelação ao Governo nem o papel de um partido de oposição. A seu tempo, o PS não se escusará de apresentar ao País as suas alternativas de governo, quando ao eleitorado competir optar entre políticas e partidos, em futuras eleições. Não é este, porém, o momento de o fazer. É o Governo que está a ser interpelado. E como o Primeiro-Ministro Balsemão está em exercício de funções, vai passado 1 ano, embora responsável por 2 governos distintos - e até contraditórioa1 nas suas políticas - compete-lhe ser ele a fazer prova positiva de que está a governar no interesse das populações e que são falsas ou exageradas as acusações aqui aduzidas pelo PS.

O Sr. António Macedo (PS): - Muito bem!

Aplausos do PS e do MDP/CDE.

mecanismos constitucionais, para o efeito criados, têm, pois, de ser respeitados.

Por 2 razões, essenciais: porque a estabilidade institucional é imprescindível para a recuperação económica e social do País, sobretudo numa perspectiva de mudança de governo: depois, porque o regime democrático è constitucional é a mais visível conquista da Revolução de Abril e, para a esmagadora maioria dos portugueses.

Vozes do PS e do PSD: - Muito bem!

Vozes do PSD: - Muito bem!

m saída, em termos constitucionais. O PS, porém, não está interessado em provocar rupturas