ainda vai a meio, chamar pelo seu nome. No fim veremos o que é que há!

A questão é política e só política, não tem nada a ver com questões técnicas essas podem sempre ser supridas até para ir d lua. Sendo assim todos os portugueses, mesmo no que respeita aqueles que já não têm nenhum vínculo com a comunidade política nacional têm, por exemplo, vínculos em relação a descendentes acabarão por sofrer esta obrigação que lhes querem impor.

O Sr. Silva Graça (PCP): - Muito bem!

O Orador: - Eu não estou de acordo com aquela aparente nulidade dos efeitos desta obrigatoriedade que se quer vincular na lei.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Secretário de Estado da Administração Interna.

O Sr. Secretário de Estado da Administração Interna: - Sr. Presidente, desejava dizer ao Sr. Deputado Veiga de Oliveira que não fomos nós que inventámos a fórmula que obriga os emigrantes a votar para as eleições legislativas. No entanto, se os emigrantes votam para as eleições legislativas! se isso é reconhecido pela Constituição, se isso é reconhecido por todos nós, se isso é reconhecido por esta Assembleia, temos de preparar os mecanismos necessários para que eles possam votar.

0 Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Dá-me licença que o interrompa, Sr. Secretário de Estado?

0 Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

0 Orador: - Com essa justificação, eu repito aquilo que disse em relação à intervenção do Sr. Deputado Luís Filipe Madeira: V. Ex.ª acabaria por dizer que os emigrantes nunca poderiam votar.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Veiga de Oliveira.

0 Sr. Veiga de Oliveira (PCP): - Sr. Presidente, desejo dar um pequeno esclarecimento.

Nós sabemos que h& várias categorias de emigrantes - o Sr. Secretário de Estado sabe-o tão bem ou melhor do que eu ... talvez não saiba porque eu andei lá por fora muitos anos.

O Sr. Portugal da Fonseca (PSD): - Não sabia que tinha sido emigrante!

A Sr.ª Alda. Nogueira (PCP): - Há muita coisa que os senhores não sabem.

O Sr. Jorge Lemos (PCP): - Muito bem!

0 Sr. Presidente: - Tem apalavra o Sr. Deputado Luís Filipe Madeira.

nacionalidade. Se, calhar há mais nacionais residentes no estrangeiro do que no território nacional. Facto que originará que a próxima reivindicação da maioria, com foros de curial e de razoável, se baseie no seguinte: se tantos milhões querem isto porque é que uma minoria há-de querer o contrário e porque é que essa minoria há-de prevalecer.

Vozes do PS - Muito bem!

0 Orador - É esse o vosso próximo passo, passo que eu não estou disposto a sancionar. O que os Senhores querem é compreensível, mas só um louco ou um suicida é que vai estar ao vosso lado. Está em causa a democracia, a legitimidade e a responsabilidade do voto democrático. Sem isso a democracia será