ciais, contra tectos salariais fixados unilateralmente , com o objectivo de reduzir os salários reais;

Vozes do PS: - Muito bem!

Orador

A preocupação de uma justa distribuição de rendimentos contra o privilégio do lucro;

Vozes do PS: - Muito bem!

Orador:

A subordinação do poder económico ao poder político contra a reposição dos grandes grupos económicos dominantes;

Aplausos do PS, da ASDI e da UEDS.

A planificação democrática contra o laissez-faire laissez -passer, tão do agrado do economicamente poderosos;

Vozes do PS: - Muito bem!

Orador:

A defesa da saúde, independentemente da bolsa dos interessados, contra a tributação da doença;

Vozes do PS: - Muito bem! J)

Orador:

Uma democrata grandemente participativa, contra a recuperação de mecanismos organicistas que repelem o diálogo;

Vozes do PS: - Muito bem!

Orador

Uma administração descentralizada contra uma administração desconcentrada;

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador:

Em suma, uma básica preocupação de defesa das classes trabalhadoras c em geral dos mais desfavorecidos contra a recuperação de uma sociedade classista e discriminatória.

Aplausos do PS, da ASDI e da UEDS.

São apenas exemplos que poderíamos multiplicar i todos os domínios da política concreta. Não é, porém, o momento no quadro de uma moção de lisura ao Governo de discutir a alternativa PS. ria desvirtuar o sentido do debate e permitir ao governo retirar-se do centro das atenções desta Assembleia onde, perante a oposição e até os pardos da maioria, terá (como se diz em direito) que legar em sua defesa» e assumir claramente as suas responsabilidades.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Sr. António Moniz (PPM): - Isso era da interpelação!

O Orador - A referência à alternativa PS, que aliás se depreende qual seja e em que consiste, dada a direcção das críticas e das questões que aqui deixamos, destinou-se apenas a terminar esta intervenção com um aceno de esperança e de confiança no futuro, apesar do panorama tão negro que aqui traçamos.

Quem confia nas virtualidades da democracia e do socialismo democrático não tem o direito de cruzar os braços ou de se resignar com o que se afigura a alguns como o triste fatalismo português. Na verdade, o povo português está confrontado com um grande desafio. Vencê-lo-á. Como nos habituámos a dizer nos anos difíceis da resistência, «só é vencido quem desiste de lutar». OPS não desistirá.

Aplausos do PS, da ASDI. da UEDS e do MDPI CDE.

O Sr. Presidente:-Srs. Deputados, o Sr. Deputado Mário Soares utilizou menos 7 minutos do que o tempo que lhe tinha sido atribuído, que serão transferidos para a fase da generalização do debate.

O Sr. José Niza (PS}: - Dá-me licença, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?

O Sr. José Niza (PS): - Gostaria de apresentar um requerimento à Mesa.

O Sr. Presidente: - Faça favor.

O Sr. José Niza (PS): - Sr. Presidente, o requerimento que eu gostaria de apresentar é no seguinte sentido: como o discurso do. meu camarada Mário Soares não foi lido na íntegra, por falta de tempo , e como, por outro lado, ele foi distribuído ao Governo e aos deputados, estando à disposição de iodos, nós requeríamos que fosse publicado integralmente no Diário da Assembleia da República. Embora não desconhecendo uma determinação nesse sentido da Conferência dos Grupos Parlamentares, pensamos que há razões para que esta publicação seja feita na íntegra.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, havendo uma deliberação da Conferência dos Grupos Parlamentares nesse sentido eu propunha que o ajunto tosse igualmente examinado por ela.

Srs. Deputados antes de fazermos um intervalo, e para sabermos qual a duração do mesmo, gostaria que o Governo se pronunciasse sobre o tempo de que precisa.

O Sr. Primeiro-Ministro (Pinto Balsemão): - Sr. Presidente, o Governo necessita de um intervalo de 10 minutos ou de um quarto de hora, no máximo.

O Sr. Presidente: - Senão assim, retomamos os nossos trabalhos às 12 horas e 10 minutos.

Está suspensa a sessão.

Eram 11 horas e 52 minutos.