O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Vice-Primeiro-Ministro.

O Sr. Vice-Primeiro-Ministro: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: O Governo aceita o que for deliberado pelos grupos parlamentares desta Assembleia.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Portugal da Silveira.

O Sr. Portugal da Silveira (PPM): - Sr. Presidente, nós não vimos aqui para aparecer no vídeo-tape. No entanto vemos na Conferência dos Grupos Parlamentares o Partido Socialista bater-se loucamente pelas transmissões pela televisão (ressalvo que o Partido Socialista não vem aqui para aparecer no video-tape). Para nós não é o mesmo aparecer 9 minutos na televisão num dia ou aparecer 3 minutos o meio hoje e 3 minutos e meio amanhã. São situações diferentes e o Sr. Deputado José Niza sabe-o muito bem.

Penso que teremos que fazer mais um sacrifício. Aliás, a intervenção do deputado Sousa Lara não demora mais do que 5 minutos e creio que não virá daí o mal ao mundo, ao contrário, penso que haverá prejuízo para nós.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Lopes Cardoso.

intervenção aos 2 deputados dos dois partidos sem a preocupação de dizer: é uma intervenção para preencher tempo da Televisão.

Amanhã de manhã não trabalharíamos e transferiríamos a sessão de amanhã de manhã para sexta-feira. Parece-me ser esta a solução concreta que respeita minimamente o funcionamento normal e digno desta Assembleia: de outra fornia estamos a atabalhoar. No entanto, repito, não quero prejudicar ninguém: aceitarei qualquer das soluções, inclusivamente a da cedência de tempo do Governo.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Manuel Pereira.

O Sr. Manuel Pereira (PSD):- Sr. Presidente, era para lembrar que ficou assente na Conferência dos Grupos. Parlamentares, o. Sr. Deputado Lopes Cardoso não esteve lá, que a manhã de sexta-feira seria destinada, à reunião das comissões, não sendo por isso possível haver Plenário.

Se o CDS estivesse de acordo, fazia a seguinte sugestão: aceitar que o CDS fizesse a alteração que propôs e ouvirmos de imediato os 5 minutos da intervenção do PPM.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Brito.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, lamentamos que já se tenha gasto tanto tempo a discutir o assunto, pois certamente já teriam sido produzidas as outras intervenções. Nós prescindimos da nossa; ficam apenas por fazer as intervenções do CDS e do PPM. Assim, se prolongarmos a sessão por mais vinte minutos, todos os partidos ficam em igualdade de circunstâncias.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Niza.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.

O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: A proposta que eu fiz nasceu de uma proposta do Partido Socialista, e se há aqui incoerência ela é fruto da incoerência das propostas do Partido Socialista: primeiro faz uma proposta onde diz que não aceita que esta sessão continue, agora faz uma proposta precisamente ao contrário. O que eu quero dizer é que a primeira proposta do Partido Socialista devia ser coerente e devia estar de acordo com aquilo que discutimos. Era esta a intervenção que eu queria fazer, porque quem está a procurar encontrar uma solução somos nós e quem está a procurar contrariá-la é o Partido Socialista.

Temos um orador inscrito, fará a sua intervenção e não a fará a televisão. Não somos nós os grandes combatentes da televisão e devo dizer-lhe, Sr. Deputado Lopes Cardoso, que não me agrada ouvir de V. Exa. esse tipo de reparos. Para mim, esta Câmara tem mais dignidade que a televisão.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, vamos prolongar a sessão o tempo suficiente para que os Srs. Deputados José Alberto Xerez e Sousa Lara produzam as suas intervenções.

Tem a palavra o Sr. Deputado José Niza.

O Sr. José Niza (PS): - Sr. Presidente, era só para dizer o seguinte: a exaltação do Sr. Deputado Carlos Robalo não tem sentido, porque nós só quisemos abrir caminho para uma solução. A nossa primeira proposta não foi aceite, fizemos uma segunda; julgamos que chegámos àquilo que o CDS pretende. Não quisemos impor nenhuma solução, não percebemos por isso a irritação.