O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, peço a palavra invocando o direito de defesa.
O Sr. Presidente: - O Sr. Deputado já não dispõe de tempo, mas como se sente ofendido
Protestos, do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Então chamam-me aqui tudo e eu não posso intervir?
Risos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Presidente: - O Sr Deputado intervirá para efeito de defesa da sua dignidade pessoal mas agradecia-lhe que fosse muito breve porque já esgotou o seu tempo.
O Sr. Mário Tomé (UDP) - Uso da palavra só para descansar o Sr. Deputado Carlos Robalo.
O Sr. Carlos Robalo (CDS): - Eu estou descansado!
O Orador: -... e dizer que não só chamo aldrabão ao Sr. Reagan, mas também bandido, chefe de fila dos ataques e dos crimes que sobre os povos do mundo se abatem, assim como chamarei o mesmo a todos aqueles que com ele se conluiem nesse caminho e nessa política criminosa contra a liberdade e a vontade dos povos.
Protestos do PSD, do CDS e do PPM.
O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Carlos Robalo.
Aplausos do CDS, do PSD e do PPM
O Sr. Mário Tomé (UDP): - É uma Assembleia democrática cheia de fachos!...
O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra.
O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Queria solicitar ao Sr. Presidente que tomasse as providencias necessárias com vista a evitar os insultos do Sr Deputado Mário Tomé a um Presidente de uma nação amiga.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Eu chamo pantomineiro ao Governo e o vosso nacionalismo não só chateia nada!
O Sr. Sousa Tavares (PSD): - Travesti de revolucionário!
O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, estamos escusado será dizê-lo num órgão de soberania de uma pais independente, que devemos respeitar como tal, mas que nos obriga a termos a noção da gravidade das palavras que aqui proferimos.
Não vejo que as palavras do Si Deputado Mário fome tenham sido acompanhadas por outros deputados, são dele e por elas e politicamente responsável, uma vez que tem imunidade parlamentar. O Sr. Deputado assume-as, elas estão registadas em todo o caso desejar ía que não se estabelecesse uma espécie de leilão para ver quando é que se é capaz de arranjar um adjectivo ainda mais violento que o precedente.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, peço a palavra
O Sr. Presidente: - Para que efeito, Sr. Deputado?
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, como fui aqui sistematicamente atacado desejava defender-me.
O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, queria chamar-lhe a atenção para o seguinte há pouco concedi-lhe a palavra para alem do tempo que dispunha, exclusivamente para defender a sua dignidade pessoal, que admitia pudesse ter sido posta em causa.
O Sr. Mário Tomé (UDP) - Mas foi de novo posta em causa, Sr Presidente.
O Sr. Presidente: - Mas em vez de se referir aos pontos que, eventualmente, tivessem fendo a sua dignidade, o Sr. Deputado limitou-se a referir mais qualificativos acerca de uma personalidade estrangeira, que ate e chefe de estado de um país.
Não lhe vou dar de novo a palavra, porque senão nunca mais acabamos com este incidente.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr Presidente, só peço 5 segundos.
O Sr. Presidente: - É para se referir à sua dignidade pessoal.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Sr. Presidente, já depois disso, sem qualquer ...
O Sr. Presidente: - Mas há pouco não estava nada melindrado.
O Sr. Mário Tomé (UDP): - É que aqueles senhores não me podem melindrar.
O Sr. Presidente: - Então o Sr. Deputado não está melindrado!
O Sr. Mário Tomé (UDP): - Mas, Sr Presidente, não se trata de um problema pessoal, trata-se de eu poder responder as atoai das e provocações de que fui alvo. Tenho esse direito!