Portanto, o requerimento não é automaticamente aprovado. A Assembleia e que tem de deliberar no sentido do prolongamento do período de antes da ordem do dia.

O Sr. Fernando Condesso (PSD): - Peço a palavra para interpelar a Mesa, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Faça favor, Sr. Deputado,

O Sr. Fernando Condesso (PSD): - Sr. Presidente, pretendo interpelar a Mesa porque entendemos que a questão da declaração de voto não está ultrapassada.

Continuamos no período de antes da ordem do dia, e se há pouco a possibilidade de fazermos a nossa declaração de voto não existiu, porque não havia quorum necessário, para validar uma certa votação, neste momento já há, quorum e, como tal, nós requeremos que a votação se repita.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, havendo prolongamento do período de antes da ordem do dia, VV. Ex.ªs têm 5 minutos para usar da palavra e, portanto, não vejo porque é que havemos de estar a repetir votações. Julgo não haver necessidade disso.

O Sr. Fernando Condesso (PSD): - Sr. Presidente, processualmente não consideramos correcto esse entendimento, mas aceitamo-lo.

Em todo o caso. agradecemos a possibilidade de sermos nós a primeira bancada a usar da palavra, isto se os outros grupos parlamentares não se opuserem. É que o tema dessa intervenção conecta-se com aquele que acabou de ser discutido.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, isso depende do PCP, que pediu primeiro a palavra. Entretanto, V. Ex.ª fica inscrito.

O Sr. Carlos Brito (PCP): - Sr. Presidente, o meu grupo parlamentar aceita que seja o Grupo Parlamentar do PSD o primeiro a intervir. Nós seremos os segundos.

O Sr. Presidente: - Assim faremos.

Vamos proceder agora ao intervalo regimental.

Está suspensa a sessão.

Eram 17 horas e 45 minutos.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, está reaberta a sessão.

Eram 18 horas e 25 minutos.

O Sr. Presidente: - No prolongamento do período de antes da ordem do dia, e tal como ficou acordado antes do intervalo, concedo a palavra, para uma intervenção, ao Sr. Deputado Sousa Tavares.

acabava deser absolvido da Cour d'Assise, que lhe tinha recusado a extradição para Portugal por considerar o roubo da Figueira da Foz como um crime político e não como um crime de delito comum.

Nós associamos a ideia de Maria Lamas não só a uma mulher que durante 20 anos se bateu galhardamente numa coisa chamada Modas e Bordados, até fazer dessa coisa, que inicialmente não era nada, um jornal dignificador da condição da mulher em Portugal, mas também a uma pessoa que foi sempre resistente, que sempre soube opor-se ao fascismo com uma virilidade pouco vulgar nas mulheres portuguesas e que, portanto, merece o nosso respeito e a nossa homenagem.

E nós, independentemente de quaisquer divergências políticas que nos separem, sentimo-nos inteiramente abertos a prestar uma homenagem digna, aqui e em qualquer parte, a Maria Lamas. Era isto que eu queria dizer, Sr. Presidente.

Aplausos do PSD, do PS, do PCP, do PPM, da ASDI, da UEDS e do MDP/CDE.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Rogério de Brito.

O Sr. Rogério de Brito (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: É do domínio público a falência da União das Adegas Cooperativas da Província da Estremadura. Dela resultam prejuízos incalculáveis para os viticultores e para o próprio movimento cooperativo, envolvido que é num processo não apenas de má gestão mas, sobretudo, de irregularidades, de ilegalidades e de corrupção.

Este é mais um caso que comprova exemplarmente o que sempre temos afirmado: para a AD, o cooperativismo agrícola limita-se a uma mera actividade de serviços e concentração da produção, mais não visando que servir os interesses dos grandes empresários capitalistas e dos grandes intermediários e armazenistas.

Neste jogo de interesses aposta igualmente a CAP, ou não seja ela uma organização de grandes agrários, industriais e comerciantes, que a coberto da demagogia, da manipulação e da ambiguidade tenta arrastar - com êxito cada vez menor, diga-se em abono da verdade- os pequenos e médios agricultor es.

Para atingir os seus objectivos, que subvertem o papel e a actividade das cooperativas, a AD e a CAP instalam-se na direcção das cooperativas, tomam decisões estatutariamente ilegais, manipulam assem-