ficou combinado o meu camarada não tem apenas 2 minutos, pois pode dispor do tempo que está previsto para a fase do encerramento.

O Sr Presidente: - Sr. Deputado, isso está lembrado. Estava apenas a perguntar se o Sr Deputado queria responder já.

Tem a palavra o Sr Deputado Octávio Cunha.

O Sr. Octávio Cunha (UEDS): - Sr. Presidente, em responta ao Sr. Deputado Carlos Robalo, gostaria de dizer que, de facto aquilo que aqui me traz é, acima de tudo, o respeito para com o povo português.

Protestos do PSD, do CDS e do PPM.

Quando o povo português é agredido da maneira como o foi, no dia em que o Sr. Ministro da Administração interna veio falar à televisão, cria-se a angustia e uma falsa situação - como, aliás, se tem vindo a provar apesar das poucas respostas que temos tido sobre o problema que aqui concretamente, nos trouxe e que os Srs. Membros do Governo tem tentado, sistematicamente, afastar da discussão.

De facto, viemos aqui discutir o problema da tal insurreição.

O Sr Narana Coissoró (CDS): - Veio fazer palhaçadas!

O Orador: - Quem encenou a insurreição não fomos nós. Quem a encenou foram os senhores do Governo, foi o Sr. Ministro da Administração Interna - seja mandado, seja de moto próprio. O Sr. Ministro tem de se explicar sobre este assunto. Foi isso que nós aqui viemos pedir-lhe, porque o povo português precisa de saber se de facto se deve precaver de futuras insurreições, já que elas são assim tão fáceis de fazer, de encomendar e de executar.

O Sr Narana Coissoró (CDS): - Continua lastimável!

O Orador: - O povo português precisa de saber isso para se precaver, para só defender dessas insurreições, e não vir a sofrer com isso.

Não vim, de facto aqui fazer um discurso para o Sr. Deputado Carlos Robalo se rir. Não foi para isso que aqui vim, já que nesta Câmara as pessoas vem para trabalhar e não para se divertir.

Acontece Sr. Deputado, que os senhores estão habituados a vir aqui talvez brincar mas devo dizer que não se brinca com assuntos desta importância, com um problema de uma tal gravidade - face ao qual o País esteve suspenso, durante várias horas, até descobrir o logro para o qual estava a ser arrastado.

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

Tem a palavra o Sr Deputado Carlos Robalo.

O Sr. Carlos Robalo(CDS): - Sr. Presidente, V. Ex.ª acaba de se pronunciar sobre aquilo para o que eu ía, de facto, chamar a atenção do Sr. Deputado.

O Sr. Deputado, na defesa que fez do povo, parece que se esqueceu desse mesmo povo, não tendo, sequer, capacidade para brincar.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado Fernando Condesso

O Sr. Fernando Condesso (PSD): - Sr Presidente, serei muito rápido, pois a bancada do CDS já fez algumas considerações.

De qualquer maneira, calei há pouco a «voz» da minha bancada, porque muito «candidamente» o Sr. Deputado Lino Lima confessou não ter tempo. No entanto, pretendia fazer um protesto em relação à sua intervenção, já que a linguagem utilizada, com que se pretendeu esconder toda uma falta de argumentação em face da exposição que o Governo fez, era inaceitável.

O Sr. Sousa Marques (PCP: - Não percebeu!

Aplausos do PSD, do CDS e do PPM.

O Sr Presidente: - Tem a palavra, utilizando tempo do Grupo Parlamentar do CDS, o Sr Deputado Jaime Ramos,