aqui uma polémica acerca do Presidente da Assembleia, que não se «ente assim tão em causa como isso, apesar das críticas -e críticas veementes de que foi alvo -, é que encerrámos este incidente e que seguíssemos a ordem normal dos trabalhos.

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - Sr. Presidente, peço a palavra para interpelar a Mesa.

O Sr. Jaime Ramos (PSD):- Sr. Presidente, pedindo desculpa em responder...

O Sr. Presidente: - Além disso, Sr. Deputado Jaime Ramos, está outro deputado do seu partido, também muito inquieto, lá para a bancada de trás, a pedir a palavra. Aos 2 é que não posso, de maneira nenhuma, ouvir ao mesmo tempo.

O Sr. Jaime Ramos (PSD): - Sr. Presidente, se me permitisse e correspondendo em parte ao seu apelo, seria extremamente breve.

Há uma acusação formulada pelo Sr. Deputado Salgado Zenha, entre muitas outras, a que queria responder e para corresponder ao apelo do Sr. Presidente não me alargaria muito.

Mas acho inadmissível que um deputado da oposição, sem qualquer tipo ide argumentação, considerasse irresponsável este governo. Havia todas as razões para que o Sr. Primeiro-Ministro, se quisesse, não aparecesse aqui na discussão da moção de censura, tinha todo o direito ...

O Sr Presidente: - Sr. Deputado, desculpe, mas não pode intervir ...

O Orador: - Sr. Presidente, a oposição teve o tempo que quis para se pronunciar sobre esta matéria e eu vou ser breve.

O Sr. Jaime Ramos (PSD): -Sr. Presidente, certamente compreenderá que um deputado da maioria que suporta o Governo não pode permitir que um deputado chame irresponsável a esse governo e que, ainda por cima, fique calado, sem se demitir das suas funções.

Sr. Presidente, quanto mais não seja usando o direito de defesa indirectamente, porque o Governo é responsável, peço para ter o direito de o defender, já que não tenho outra figura.

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Penso que já o exerceu, Sr. Deputado.

O Sr. Jaime Ramos (PSD): - Não o fiz ainda, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Bom, vamos então ver se é possível que por parte do PSD haja só um protesto.

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): -Eu queria interpelar a Mesa, Sr. Presidente. Estou já há bastante, tempo a pedi-lo.

O Sr. Presidente: - O seu colega Jaime Ramos, da mesma bancada ...

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - Sr. Presidente, tenho o direito de interpelar a Mesa quando entendo que os trabalhos não estão em conformidade.

Sei que o meu colega e vice-presidente do grupo parlamentar pediu a palavra, sei que os Srs. Deputados Carlos Brito e Salgado Zenha o fizeram, seguidamente fui eu e a palavra não me foi dada para esse efeito.

O Sr. Presidente: - Porque estava a ser dada ao Sr. Deputado Jaime Ramos.

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - A verdade é que há uma ordem de inscrições e eu estava inscrito, os Srs. Secretários podem-no confirmar.

Assim, começo a interpelação precisamente por isto; se não verificaram a minha inscrição.

O Sr. Presidente: - Segundo a informação dos Srs. Secretários, parece que é verdade que o Sr. Deputado Rocha de Almeida estaria inscrito antes de o Sr. Deputado Jaime Ramos.

Pergunto ao Sr. Deputado Jaime Ramos se vê inconveniente, uma vez que se trata de uma interpelação à Mesa, que o Sr. Deputado Rocha de Almeida intervenha primeiro.

O Sr. Jaime Ramos (PSD): - Com certeza, Sr. Presidente, que permito que a Mesa possa ser interpelada.

O Sr. Presidente: - Então tem a palavra, para interpelar a Mesa, o Sr. Deputado Rocha de Almeida.

O Sr. Rocha de Almeida (PSD): - Sr. Presidente, antes de mais nada, pedia a V. Ex.ª desculpa por lhe dizer que o conflito que existia não era com o meu colega de bancada, Jaime Ramos, mas sim pelo facto de eu ter o direito de interpelar a Mesa e que não tem que ver com o pedido de palavra dele.

Passaria agora a referir a interpelação que queria fazer.

Veio o Sr. Deputado do Partido Comunista Manuel Lopes fazer aqui uma intervenção que entendeu ser...

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, peço desculpa, mas, se é em relação à intervenção do Sr. Deputado Manuel Lopes, os protestos e pedidos de esclarecimento ficam para a próxima sessão, uma vez que já ultrapassámos o limites do período de antes da ordem do dia. Foi isso que acabámos de acordar e pedia a sua atenção para esse efeito.