eventualmente até .mais avançadas, uma vez que as cooperativas, se forem de produção, são provavelmente soluções mais avançadas ainda do que a simples autogestão.

O Sr. Presidente: - Para responder, se assim o desejar, tem a palavra o Sr. Deputado Marcelo Curto.

O Sr. Marcelo Curto (PS): - Sr. Deputado Silva Marques, tenho imensa pena, mas estavam aqui 3 pessoas a falar à minha volta quando V. Ex.º me formulou o pedido de esclarecimento e, apesar de ouvir o inicio da sua intervenção, não consegui descortinar a pergunta em concreto.

O Orador: - Em primeiro lugar, creio que essa pergunta não me deve ser colocada, mas sim ao Governo Francês e ao Presidente François Mitterand, quando ele fez o seu contrato com os Franceses. Em todo o caso, devo dizer-lhe que penso que a autogestão, como uma das linhas de força do Governo Francês, não está afastada; simplesmente não está neste momento na ordem do dia. Aliás, o Sr. Deputado sabe que no Governo Francês há alguns campeões da autogestão.

O Sr. Rui Amaral (PSD): - Está na gaveta!

O Sr. Rui Amaral (PSD): - Dá-me licença que o interrompa, Sr. Deputado?

O Orador: - Faça favor, Sr. Deputado.

O Sr. Rui Amaral (PSD): - Com o devido respeito, creio que o Sr. Deputado falou em formação económica e até cultural, e associou isso ao "inêxito" de algumas empresas...

O Orador: - Sr. Deputado Rui Amaral, informo e avanço isto porque disse, na minha intervenção, que isto é uma etapa e que nós não desistiremos se este projecto de lei for aqui rejeitado. Desde já o informo de que eu e o meu partido, para que haja um sistema autogestionário real e verdadeiro, temos mais cinco projectos de lei sobre autogestão. Ora, este é, na verdade, aquele que pensamos que inicia um sistema autogestionário.

Não somos contra a conversão das empresas em autogestão em cooperativas, mas pensamos que as cooperativas são uma etapa que a autogestão ultrapassa. E só nesse sentido que dizemos que a autogestão é uma etapa superior, em termos de organização económica e social, em relação às cooperativas.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados, segundo o consenso obtido na Conferência dos Presidentes dos Grupos parlamentares, esta votação deveria fazer-se até às 20 horas. Ora, para as 20 horas, que é a nossa hora regimental de encerrar os trabalhos, faltam 10 minutos. No entanto, ainda se encontram inscritos para intervenções os Srs. Deputados Narana Coissoró, Mário Tomé, Rui Amaral, Manuel Tílman e Herberto Goulart, e o total dos tempos disponíveis é de l hora e 45 minutos.

É evidente que, a ser assim, é impossível fazer-se a votação até às 20 horas. Por outro lado, parece que não há consenso para o prolongamento da sessão.

Tem a palavra o Sr. Deputado António Arnaut.

emana, se não puder ser na semana corrente. E, pois, esta a sugestão que fazemos aos nossos colegas.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado, amanhã há a reunião dos líderes parlamentares e colocar-se-á esse problema.

Tem a palavra o Sr. Deputado Rui Amaral.